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quarta-feira, 22/09/2021
Notícia

EE Barão de Monte Santo foi criada por um dos fundadores da cidade de Mococa

Porão com laboratórios e título dado pelo imperador fazem parte das curiosidades da escola centenária

Aos 120 anos, a Escola Estadual Barão de Monte Santo, no município de Mococa-SP, atende 466 alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Segundo a diretora, Miriam Raymundo da Silva, por situar-se na região central da cidade, a instituição recebe uma gama diversificada de estudantes, vinda de bairros do entorno e da zona rural.

“A EE Barão de Monte Santo tem um grande valor para a cidade: a praça e suas casas são tombadas pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), pois representam um período da Primeira República, e a escola está incluída neste espaço”, explica Miriam Raymundo. Rica em histórias, a unidade foi tombada como patrimônio histórico e cultural por meio da Resolução 60 de 21/07/2010.

O porão

Criada por decreto de março de 1901, o primeiro grupo escolar de Mococa começou em uma casa térrea. Anos mais tarde, em 1911, a unidade, projetada pelo arquiteto Manoel Sabater, foi instalada no atual prédio em terreno doado para o Estado por Gabriel Garcia de Figueiredo – o Barão de Monte Santo, também um dos fundadores da cidade.

Miriam Raymundo comentou que alguns alunos acreditavam que a escola era a casa do barão e que no porão encontrariam seu espírito. Essa concepção mudou com o resgate da história e com a ocupação do local por laboratórios de ciências, química, biologia e artes. A intervenção no porão contou com obras e apoio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) em 2009.

“As atividades unem várias disciplinas e trabalham o conhecimento de uma forma mais ampla. Hoje a escola é reconhecida não só pelo seu imponente espaço como também o ensino de qualidade, onde a comunidade se sente pertencente a esse ambiente privilegiado”, explica a diretora.

Carta de titularidade

Gabriel Garcia de Figueiredo, além de político, foi agricultor e pecuarista e recebeu o título de Barão de Monte Santo de D. Pedro II. Sua família cedeu cópia do documento, assinado pelo imperador do Brasil, que está exposta em um quadro na sala da direção e é utilizada em aulas sobre a história da escola.