Estimular a criatividade é uma das responsabilidades das inúmeras disciplinas eletivas da rede de ensino paulista. No município de Taubaté, por exemplo, a eletiva de Robótica da E.E. Dr. José Marcondes de Mattos ganhou destaque entre os deficientes visuais.
Com a metodologia ABP (Aprendizagem Baseada em Problema), três estudantes do Ensino Médio trabalharam no desenvolvimento do Dispositivo Sensorial de Auxílio à Mobilidade, o DSAM.
O projeto, orientado pelo professor de Física Ednilson Luiz Silva Vaz, tem como finalidade garantir mais autonomia do deficiente visual nas suas atividades cotidianas. Ele faz a identificação de objetos localizados acima do solo e emite sinais sonoros.
“O diferencial do trabalho é que ele está sendo testado por um aluno deficiente visual da mesma turma dos estudantes que estão desenvolvendo os óculos”, afirma Ednilson.
A ideia foi motivada a partir de um dos estudantes de grupo, que possui um amigo deficiente visual. Os jovens sabiam o que queriam fazer, mas não tinham noção de como executar. O aluno Sebastião Guilherme Junior conta que a proposta surgiu inicialmente do sensor de ré de um carro.
“A gente tinha uma noção básica de como funcionava, e com a orientação do professor a gente foi aprendendo mais sobre o dispositivo”, explica. Para a criação do projeto, o grupo utilizou a Arduino, plataforma aberta de prototipação eletrônica.
Assim, os alunos conseguiram criar um óculos que traz mais segurança do que a bengala comum. Além disso, acreditam que o dispositivo tem grande potencial para ser levado ao mercado e elevar a qualidade de vida de muitas pessoas.