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terça-feira, 06/12/2005
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Escola da Penha divide o cinema com a comunidade

Projeto comunitário existe desde 2003 e beneficia alunos e moradores da região Incluir o cinema como ferramenta de integração comunitária, a custo zero. O projeto é da escola Dom João […]

Projeto comunitário existe desde 2003 e beneficia alunos e moradores da região

Incluir o cinema como ferramenta de integração comunitária, a custo zero. O projeto é da escola Dom João Maria Ogno, Penha, zona leste da cidade e tem dado bons resultados junto à comunidade. Moradores da terceira idade têm acompanhado as exibições dos curtas nacionais co freqüência, graças a inclusão da escola no roteiro da Mostra Audiovisual Paulista.

Para a professora de história e coordenadora do projeto na escola, Silvia Regina, a mostra é a oportunidade única de se levar o cinema para dentro das escolas.

Como a mostra é aberta ao público, Edna Francisca Sanches, moradora do bairro, diz que não perde os filmes por nada. “Vejo tudo o que eles mostram aqui”, comentou.

Já o aluno do ensino médio, Emerson de Godoy, acredita que a iniciativa torna a escola diferente de todas as outras. “A Dom João tornou-se um atrativo para a comunidade da zona leste que é carente de salas de cinema, teatros, bibliotecas e centros culturais”.

E a mostra deve mesmo ser considerada um motivo de orgulho para a comunidade local. Na sessão do último fim de semana, a sala de projeção estava lotada. A platéia vibrou com os nove curtas exibidos: Dia de Visita, Concerto para Clorofila, Roupa para Tirar Retrato, Primeiros Passos, Futebolisticamente, Sem Título, Ímpar Par, Misicagen e Sertão Oficina .

Cinema e Vídeo Brasileiro nas Escolas é desenvolvido desde 2001 pela ONG Ação Educativa em parceria com o Programa Crer para Ver (Fundação Abrinq e Natura Cosméticos), em escolas e órgãos administrativos da rede escolar da Zona Leste da cidade de São Paulo. Além da D. João, outras escolas já receberam a mostra de cinema: a Condessa Filomena Matarazzo, Madre Paulina e Padre Antão.

O projeto propõe diferentes caminhos para a aproximação das comunidades escolares com a linguagem audiovisual: do acesso à diversidade da filmografia nacional por meio de videotecas escolares e mostras temáticas em vídeo, passando pela formação dos educadores para a análise dos recursos audiovisuais e sua incorporação no trabalho educativo, até o estímulo à expressão de professores e alunos por meio da produção local de vídeos.

 

 

 

 

 

PROJETO CINE DOM JOÃO

A EE Dom João Maria Ogno promoveu em 2003 a 1 a Mostra Interna de Cinema e Vídeo , onde o foco principal foi resgatar os valores da raça negra. Assim, a escola promoveu a 1 a Semana da Consciência Negra, com a utilização de dois filmes brasileiros: Palmares e Orfeu.

A 2 a mostra interna foi realizada em 2004 com a apresentação de filmes de animação (Meaw, Animando, Tem boi na Linha, A Mão, Lasanha Assassina, entre outros) e de película como A Marvada e O Homem Nu).

 

 

 

 

 

No final do primeiro semestre de 2004 a escola foi sede da 2ª Mostra de Cinema Brasileiro nas Escolas organizado pela Diretoria de Ensino da Região Leste I e ONG Ação Educativa que teve com abordagem a questão da cidadania, com a exibição dos filmes Notícias de Uma Guerra Particula ” e Onde a Coruja Dorm ”. A D. João, em parceria com o Programa Escola da Família, também realizou em 2004, dois sábados com exibição de filmes estrangeiros e nacionais que contou com a presença média de 150 alunos.

Em 2005, a D. João realizou outras atividades ligadas ao Projeto de Cinema e Vídeo: parceria entre a Escola e a ONG Estação da Arte, oferecendo aos alunos um curso de vídeo; gravação de programa da TV Cultura durante debate sobre o filme Deus é Brasileiro; foi sede da Mostra Internacional de Curtas Metragens em parceria com a Ação Educativa e Kinofórum; e sede da Mostra do Áudio Visual Paulista.

Paola Martins