Os alunos da E.E. Prof. Dândolo Frediani reviveram o que a escola passa em um ou dois domingos, a cada dois anos: um dia de votações. Ao invés de eleitores, alunos. As propostas? Melhorias na própria escola. O Grêmio Estudantil da escola foi usado de pretexto para ensinar aos alunos o processo da votação e, de quebra, falar um pouco mais sobre cidadania.
“A ideia surgiu de um bate-papo informal com o coordenador do núcleo da escola. Queríamos trazer a tecnologia para dentro do Grêmio, e lembramos de um treinamento que fizemos no Google, sobre o uso dos formulários da empresa. Pensamos em transformar a urna num desses formulários”, explica Leandro Medeiros da Silva, coordenador do NPE de Educação Física na Diretoria de Ensino da Região Sul 1, em São Paulo.
Os alunos foram incentivados a fazer todo o processo eleitoral. Primeiro, apresentaram propostas de melhoria para a escola e para os alunos. Algumas eram bem objetivas, como a melhora no leque de cores dos gizes na lousa. Outras mais poéticas, como a “chuva de poesia” proposta por uma aluna.
Depois, uma votação foi feita para eleger as melhores propostas, que foram votadas por todos os alunos com o uso do Formulário do Google para saber os representantes.
“A ideia é que eles trabalhem diversas disciplinas. O preenchimento do formulário usa português, mas também tem matemática envolvida, pois eles precisam contar e aprendem sobre gráficos e outras fórmulas”, explica Leandro.
A aceitação na E. E Dândolo Frediani foi imensa. “Os alunos até se sentem motivados a comandar o processo sozinhos”, cita Leandro. A ideia do NPE é expandir a fórmula de votação eletrônica para outros grêmios estudantis.
Segundo Leandro, a ideia de simular uma eleição nos mesmos moldes das eleições brasileiras tem a ver com o estímulo ao exercício da cidadania naquilo que os alunos mais conhecem nesse estágio da vida: o Grêmio Estudantil. “Queremos mostrar que o grêmio tem a ver com projeto de vida e, em especial, participação”.
Para Haroldo Rocha, secretário-adjunto da Educação, esse é um grande desafio na área: ”
O desafio da educação básica é o maior que temos. A educação básica interfere em tudo, inclusive a cidadania. Uma educação que forma melhores cidadãos forma melhores pessoas”, conclui.