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quinta-feira, 06/04/2017
Ensino Fundamental

Escola dos Anos Iniciais fica entre as melhores no ranking do Idesp 2016

Detectar pontos fracos e desenvolver tarefas pedagógicas fez alunos superarem meta para 2030

Localizada ao lado de um pequeníssimo e charmoso cemitério centenário, em um antigo assentamento formado por imigrantes alemães, que chegaram na região no ano de 1829, a Escola Estadual Ernestino Lopes da Silva tem muita história para contar. De imediato, ao abrir o portão principal da unidade, é possível avistar a pedra fundamental do bairro Colônia, que fica no extremo Sul da capital paulista, no distrito rural de Parelheiros. A escultura é o maior motivo de orgulho dos moradores da circunvizinhança, e também pilar de uma antiga e já encerrada “disputa” para que a escola fosse realocada, a fim de que a pedra ficasse à disposição dos munícipes (e não dentro do quintal da unidade). No entanto, com tanta história envolvida, os alunos do Ensino Fundamental e os funcionários da unidade escolar trataram de escrever mais um capítulo nessa longa trama: se destacaram no Idesp 2016 – Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo 2016 – com a excelente nota 7,61, que supera a média da Diretoria de Ensino responsável e a do Estado, além de ultrapassarem a meta estipulada para 2030.

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No ranking do ensino público do Estado de São Paulo, a escola saiu da posição 174, em 2015 (quando ficou com nota 5,54), para se posicionar entre as cinco melhores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, no Idesp 2016. Para calcular o Idesp utiliza-se a nota obtida na prova do Saresp (Sistema de Avaliação e Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), que mede o avanço nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, além das taxas de aprovação, reprovação e abandono.

Segundo a diretora da E. E. Ernestino Lopes da Silva, Cristina de Cássia Fernandes Slemer, detectar as dificuldades dos alunos e trabalhar com foco foi a estratégia traçada para o avanço. Inicialmente, a ideia era apenas conquistar a meta interna da própria escola para 2016, estipulada pela Educação, ou seja, 5,64 pontos. No entanto, ela conta que ultrapassar a meta de 2030 não foi uma surpresa, “mas foi um agrado porque é um trabalho contínuo. Não foi um trabalho só de 2016, é todo um processo que acontece na escola”, explica. Para Cristina Slemer, “quando vem a nota [resultado do Idesp], a própria escola já sabe, mais ou menos, se está com problemas. Sabe que o aprendizado está com algum entrave. Então, a gente precisa resolver. A nota é a consequência de tirar esse entrave da aprendizagem”, afirma a educadora.

Saber o que fazer e o momento certo de agir também foi crucial para que a escola se destacasse no índice de 2016. Segundo a professora Maria Auxiliadora Nakano Koga, não se pode deixar de ressaltar o trabalho em equipe dos professores, direção e coordenação. Ela explica que trabalho em equipe não se trata apenas de trocas de atividades, mas “são trocas de informações, planejamento de aula… é a discussão”, enfatiza.

Além de atividades de leitura e de exercícios lógicos, criadas pela equipe docente para que os alunos aprendam Língua Portuguesa e Matemática de forma lúdica, na Ernestino Lopes da Silva é compreendida a importância dos currículos disponibilizados pela Secretaria da Educação, como o Emai e o Ler e Escrever. Além dos citados, a escola se apoiou no simulado do Saresp para antecipar os pontos fracos dos alunos que mereciam maior empenho.

Quem explica a melhor forma de aproveitamento do simulado é a professora Elisabete Aparecida Rodrigues Ferreira Borges, quando diz que a equipe “ faz a tabulação dos erros, onde foi o maior erro, se foi numa atividade de leitura, se foi numa atividade de raciocínio lógico. Então, esse conteúdo que eles não conseguiram atingir, na tabulação, a escola senta com as crianças, verifica onde foi o erro, faz a socialização, que é muito importante, por que erraram, o que precisa melhorar”, elucida.

Os alunos reconhecem os esforços dos professores e gostam da maneira que escolheram ensinar. A pequena Agatha Rianna Gomes de Sousa não tem dúvidas de que os projetos de leitura são importantes, e engata a explicar que “ela [a leitura] ajuda a gente a pensar, a gente identificar o que a gente vai responder naquela questão”, afirma. E, já que os professores a ajudaram a ter uma boa avaliação no Idesp (como aluna), agora é ela quem solta o verbo e classifica seus mestres: “os professores são ótimos! O que eles têm, eles sabem, eles transmitem para a gente”, assegura.