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segunda-feira, 22/11/2021
Notícia

Escola estadual de São Carlos é a vencedora do prêmio ‘Respostas Para o Amanhã’

Turma da 2ª série do ensino médio da EE Professor Sebastião de Oliveira Rocha desenvolveu projeto de reaproveitamento de resíduos orgânicos para a produção de biogás

A quantidade de comida que ia para o lixo da escola foi o disparador para o Clube de Ciências Tesla, da Escola Estadual Professor Sebastião de Oliveira Rocha, de São Carlos, pensar em soluções para minimizar o desperdício e o impacto do descarte no meio ambiente. Os estudos se voltaram para o desenvolvimento de um biodigestor que transforma a comida descartada em biogás e biofertilizante, além de um aplicativo que calcula a quantidade de alimento a ser preparado pelas merendeiras com base na quantidade de alunos.

Com o projeto “TESLA – Reaproveitamento de resíduos orgânicos para a produção de biogás”, os alunos, da 2ª série do ensino médio, Asaf Prates Almeida, João Almas, Guilherme Henriques de Andrade e Maria Paula Gobis, sob a orientação da professora de Química Bárbara Rodrigues e da professora de Biologia Isabel Kakuda, ganharam o primeiro lugar do prêmio “Respostas Para o Amanhã”, que teve 1.843 projetos inscritos. O prêmio é uma iniciativa brasileira do Solve For Tomorrow, programa global da Samsung que desafia todos os envolvidos na rede pública de ensino a desenvolverem soluções para demandas locais por meio da abordagem STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Os classificados recebem mentoria de profissionais capacitados e especializados em cada área da abordagem e os projetos com as melhores soluções são premiados.

“Acredito que conseguimos trabalhar bastante a resiliência e a persistência no projeto, o foco na solução, a proatividade e o protagonismo desses alunos, incluindo os demais que participam do Clube Tesla e ajudam a manter e desenvolver este projeto”, avalia a professora Bárbara Rodrigues.

O projeto começou em 2019 e foi finalizado junto à mentoria do prêmio com o desenvolvimento de um biodigestor caseiro de baixo custo. “Diferentemente dos biodigestores comuns, o nosso tem um sistema que neutraliza o gás carbônico que é emitido no processo da decomposição anaeróbica, não poluindo a atmosfera”, explica João Almas. “Além disso, tem um custo acessível à população, utiliza um sistema de placa solar para alimentar o arduíno e sensores de monitoramento e contribuiu para o avanço da ciência na nossa escola. Como produtos, temos os biofertilizantes e o biogás que está sendo testado para ser utilizado na cozinha”, completa.

Para a aluna Maria Paula Gobis foi muito importante conhecer as demais equipes e trabalhar com outros mentores: “É bom saber que tem mais gente se importando em fazer a diferença, são pessoas incríveis com projetos extraordinários.”

Em segundo lugar, foi contemplado o projeto “Sistema solar de purificação de água” da turma da 2ª série Técnico Integrado em Química, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, da cidade de Crateús. E em terceiro, o projeto “Carun-XÔ: uma alternativa na caatinga para o combate aos carunchos”, da 1ª séria da Escola Dario Gomes de Lima, de Flores, Pernambuco.