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terça-feira, 17/08/2004
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Escola Estadual Miss Browne ganha projeto piloto de “Sala Inteligente”

A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), em conjunto com a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, executa e planeja o futuro da rede estadual de ensino. […]

A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), em conjunto com a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, executa e planeja o futuro da rede estadual de ensino. Por isso, a busca dos profissionais da Fundação por novas metodologias e tecnologias é constante.

Exemplo recente é o programa piloto “Sala Inteligente”, uma iniciativa da Secretaria de Educação e da FDE, por meio de sua Diretoria de Tecnologia da Informação, e parceiros como Diana Paolucci S/A, Seven Wan, Net, Educandus, Instituto para a Formação Continuada em Educação (IFCE), TecnoWorld e AES Eletropaulo.

O projeto-piloto instalado na EE Miss Browne, situado no bairro da Pompéia (Zona Oeste da Capital paulista), foi inaugurado no dia 5 de agosto. O objetivo é integrar a sala de aula à sala ambiente de informática, e vice-versa. “O aluno e o professor não precisam mais sair da sala para ter uma aula de informática ou de uma disciplina. Tudo pode ser feito no mesmo ambiente e com o auxílio do computador. Este é um projeto muito importante para a rede estadual de ensino, uma vez que associa novos conhecimentos com novos equipamentos. Após o teste desta plataforma e dependendo do seu desempenho, poderemos levá-la para as outras escolas”, explica Tirone Chahad, presidente da FDE.

O layout da Sala Inteligente foi projetado por profissionais da Diana Paolucci. De acordo com o diretor da empresa, José Eduardo Hilsdorf, o conceito da sala inteligente é agregar o conteúdo programático à velocidade do aprendizado, utilizando um mobiliário adequado, softwares, kits, que integrem os alunos e os façam trabalhar em equipe.

“Estaremos fazendo uma pesquisa com os alunos e professores agora no início da utilização da sala e daqui a algum tempo. Uma instituição externa ficará responsável por esta avaliação. O objetivo é acompanhar os resultados e fazer melhorias se necessário”, explica Eduardo Hilsdorf.

Para atuar na nova sala, todos os professores da escola foram capacitados, sob o comando do consultor educacional da Diana Paolucci, professor Cassiano Zeferino de Carvalho Neto, e supervisão dos profissionais da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP).

“Este projeto piloto em uma escola real, com uma comunidade real, e com todos os desafios que isto representa é fundamental. Aqui a sala inteligente encontra o seu potencial de existência e poderemos conhecer sua amplitude e o aproveitamento dos alunos ao utilizarem este sistema”, explica o professor Cassiano Neto.

Acesso à internet via rede elétrica

Outra grande novidade da Sala Inteligente é a utilização do acesso à banda larga pela rede elétrica, que pela primeira vez está sendo testado num ambiente escolar em São Paulo. Há algum tempo a FDE está testando o sistema. A AES Eletropaulo cedeu os modems PLC – power line comunication, e o grande benefício do sistema é a facilidade de instalação, pois não necessita de rede de cabeamento, basta ter uma tomada na sala. O custo também é bem menor, não há gastos com pulsos, e a energia consumida é inferior até a do próprio computador. Inicialmente, esta tecnologia ficará em teste na EE Miss Browne, e depois poderá ser estendida a outras escolas da rede.

“Estamos sempre em busca de novos conhecimentos, de produtos e serviços que possam nos auxiliar na sala de aula. A rede estadual paulista é gigantesca, temos quase 6 milhões de alunos, e assim como a educação evoluiu muito no Estado de São Paulo, se tornando exemplo no País, temos que estar atentos à evolução tecnológica da área educacional. O objetivo do Governo do Estado e da Secretaria de Educação é a melhoria da qualidade de ensino sempre”, explica Tirone Chahad.

Os PCs doados pela Seven Wan não possuem HD, nem floppy. Funcionam como terminais de acesso (workstations), onde tudo é feito por um servidor. “Isto permite que a escola configure a máquina e o aluno a utilizará para o que for determinado. Não há mais o risco de um aluno com mais conhecimento e cheio de curiosidade apague coisas importantes do sistema operacional, instale ou desinstale um programa sem autorização e, com isso, cause mais gastos para a escola que terá instalar tudo novamente. O aluno também poderá fazer pesquisas na internet e usar softwares educacionais entre outras atividades”, exemplifica Cláudio Princz, da área de projeto da Seven Wan.

Antes de inauguração oficial da Sala Inteligente, aproximadamente 2.500 alunos passaram por lá testando os equipamentos. “Estamos todos encantados com a nossa Sala Inteligente. Os alunos estão ansiosos para a utilizarem no dia-a-dia e os professores então, empolgadíssimos com a capacitação que fizeram. Fomos procurados até por ex-professor da escola que queria fazer o curso. Estamos realizando um sonho”, declara a diretora da escola, professora Sandra Lúcia Passos.

 

Wania Torres