Escolas da Grande São Paulo revelam características de tradição e atraem grande número de alunos.
Em Itapevi a escola Dr. José Neide César Lessa cultiva a própria história desde a década de 60. Apesar da pouca idade, a escola ganhou muita fama por causa da tradição, disciplina e desenvolvimento de seus projetos pedagógicos. Mais de 1800 alunos dos Ensinos Fundamental e Médio têm o privilégio de estudar na escola.
A diretora, profª Ana Maria Belli Goulart, não revela tudo mas acredita que a procura ocorre porque a escola valoriza o aluno. “A gente se empenha no trabalho do aluno desenvolvendo a responsabilidade e o coletivo e, com isso, ele vê o trabalho valorizado e zela pela escola. A nossa equipe está tentando atingir o objetivo da educação que é formar um cidadão consciente”, disse.
Numa direção geográfica oposta, está a escola mais antiga de Guarulhos que completa este ano 83 anos. Fundada em 1921, a escola Capistrano de Abreu, nome que homenageia um dos historiadores mais importantes do século retrasado, é referência na cidade e exemplo de preservação histórica.
Famílias tradicionais do município que também dão nome à ruas da cidade, como os Mesquita, Poli e Trevisan estudaram no Grupo Escolar Capistrano, como era chamado na década de 40.
Atendendo 800 alunos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, se destacou no ano passado com um projeto voltado para a pesquisa histórica da escola frente ao crescimento da cidade. O desenvolvimento do projeto pedagógico envolveu todo o corpo docente que conta com 20 professores.
A diretora da escola, profª Eni de Moraes, pretende ampliar o projeto e montar um acervo histórico na escola este ano com o apoio de ex-alunos. Na direção da Capistrano há 12 anos, ela acredita no projeto. ” A identidade de nossos alunos e a história da escola e da cidade devem ser preservadas. Esta escola é referência e tudo dá certo, porque acredito neste trabalho”, disse.
Em outra região da Grande São Paulo, Mogi das Cruzes, a escola Coronel Almeida, de 1ª a 4ª série, carrega a história de 107anos. Localizada na região central e tombada pelo Patrimônio Histórico, atende 700 alunos num prédio imponente. De acordo com a direção da escola, o “carro-chefe” é o projeto pedagógico: “Tesouro de Leitura” com o objetivo de estimular a leitura entre os alunos. Na Coronel Almeida estudaram o prefeito da cidade e o cartunista Maurício de Souza. A experiência de 25 anos de direção não tira o orgulho de José Miguel de Mattos, há três anos nesta escola. “Apesar de muitos anos como diretor, esta é a primeira vez que trabalho com crianças e está sendo muito gratificante”.
Vale lembrar que o Estado tem cerca de 6 mil escolas cada uma com sua particularidade. Muitas se destacam porque os professores também têm um lugar cativo no aprendizado dos alunos. Além do ensinamento, buscam o desenvolvimento da capacidade de questionar e pensar. Assim, o aluno descobre o sabor da sua curiosidade, explora e experimenta o conhecimento.
Luciane Salles