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sexta-feira, 13/04/2018
Notícia

Escolas da rede realizam ações no combate ao bullying

Teatro, debates, discussão de filmes e textos são algumas atividades realizadas entre os alunos

A Educação realiza um conjunto de ações para disseminar práticas voltadas à prevenção de conflitos no ambiente escolar por meio do Sistema de Proteção Escolar, em que capacita professores, além da distribuição de materiais, desde 2009. O objetivo é combater os casos de bullying, preconceito e racismo nas escolas da rede estadual de ensino.

O sistema articula também à integração entre a escola e a rede social de garantia dos direitos da criança e do adolescente e à proteção da comunidade escolar e do patrimônio público.

Em 2010, a Educação iniciou a qualificação de professores mediadores para o acompanhamento de atividades restaurativas e de promoção à cultura de paz nas escolas da rede e também o incentivar o debate construtivo entre os alunos. Dessa forma, as 91 Diretorias Regionais de Ensino do Estado de São Paulo iniciaram ações significativas sobre o tema.

Os alunos da escola Jornalista David Nasser criaram uma apresentação teatral sobre o tema para conscientizar pais, alunos e professores sobre os perigos do preconceito e a falta de respeito com o próximo.

Cerca de 50 alunos participaram da atividade sob a orientação do professor mediador Victor Moraes Filho. “Além de diminuir os casos de bullying na própria escola, ela ajuda outros estudantes a compreenderem melhor como funciona o universo de uma criança oprimida”, destaca o docente.

Para o diretor da unidade, Marcio de Souza Pinho. “A escola está inserida em um contexto crítico social e este é um projeto que soma aos nossos esforços diários de promover um ambiente harmonioso e de respeito para alunos, professores e nossa equipe gestora”, finalizou.

Já na escola Joaquim Abarca, em Tupã, a professora mediadora Sandra Regina Garcia de Lima, notou casos de alunos que são tímidos ou que não conseguem expor seus sentimentos. Diante disso, ela criou o projeto “Bullying. Aqui Não”, com debates, análise e discussão de textos e filmes, com o intuito de reduzir ocorrências na unidade.

“Nota-se que os casos de bullying diminuíram bastante, principalmente entre alunos do 6º ao 8º ano. Com estas turmas são realizados, em sala de aula, exercícios práticos e análise de textos sobre o tema. Já com as classes de 9º ano e do Ensino Médio, são feitas dinâmicas, como jogos e rodas de conversa”, afirma Sandra.

Na escola Professor José Augusto de Oliveira, em Ourinhos, os estudantes criaram o projeto “Se Liga” para reduzir as ocorrências de bullying, desrespeito, preconceito e racismo na unidade de ensino.

“Fazemos reuniões com a diretora Djanira Arantes a cada 15 dias e em um dos encontros foram apontados, pelos líderes de turma, discriminações que ocorriam nas salas. Com isso, surgiu a ideia de criar estratégias para incentivar o respeito ao próximo”, relata a líder de turma Kaendra Carrero Marques, do 3º ano do Ensino Médio.

Os estudantes do 6º ao 8º ano têm a oportunidade de relatar com os colegas em rodas de conversa e há a mediação de conflito.

Mediação de conflitos na rede estadual

Mais de 52 mil profissionais da Educação passaram por formações oferecidas pela EFAP (Escola de Formação e Aprimoramento dos Professores) com as temáticas: “Mediação de Conflitos” e “Cultura de Paz”, até 2017.

O Estado de São Paulo também está ampliando o programa de Mediação Escolar. Dessa forma, a partir deste ano, as mais de cinco mil escolas terão ao menos um professor mediador. E em 1,7 mil destas unidades haverá um segundo docente com o mesmo objetivo, no caso, o vice-diretor.