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quarta-feira, 04/07/2018
Boas Práticas

Escolas desenvolvem atividades com a temática da Copa do Mundo 2018

Alunos analisam biótipo dos atletas, fazem “Super Trunfo” dos países, estudam Matemática com álbum de figurinhas

Até o próximo dia 15 de julho, não só os brasileiros e apaixonados pelo futebol pelo mundo afora vão parar em frente às TV’s para acompanhar à maratona de jogos da Copa do Mundo da Rússia. A euforia e todo o clima gerado pelo Mundial de futebol também tomou conta dos estudantes das escolas estaduais.

Inspirados pela animação dos jovens para completar o álbum de figurinhas – caderno criado pela empresa italiana Panini, em 1970, com as fotos dos jogadores das seleções classificadas -, os educadores têm desenvolvido diferentes atividades com os alunos, em diferentes instituições em todo o estado.

Paulo Rogério Caminhas, professor de Educação Física, e Íris Ferreira Santos, docente de História e Geografia da EE Valmar Lourenço Santiago, em São José dos Campos, abordam o campeonato mundial de futebol em suas disciplinas com os alunos do Ensino Médio.

Na aula de Educação Física, o educador, que também é colecionador de álbuns de figurinhas da Copa, propõe atividades ligadas à edição 2018 do álbum, a morfologia dos atletas e função de cada um dentro do jogo. “As aulas englobam questões que fazem parte da grade curricular, como biótipo corporal, por exemplo. Analisando as figurinhas e demais informações de pesquisa, os alunos entendem o tipo físico de cada jogador, altura e peso recorrentes nos atletas de cada posição e a explicação para isso”, relata.

Já a educadora de Geografia, promove o jogo “Super Trunfo” – um velho conhecido dos estudantes dos anos 80 e 90. Os 32 países participantes dos jogos são representados por um aluno, que é responsável por pesquisar informações e confeccionar materiais sobre o local. Cada país tem cartas com os jogadores e na atividade, a cada (carta) é atribuída uma pontuação de 0 a 100, que pode variar de acordo com a posição do jogador. Ex.: Atacante X atacante + x pontos, goleiro X atacante = y pontos. A informações contidas nas cartas são referentes à cultura do país, idioma, população, moeda etc.

Bruna Ramos de Almeida, do 1ª série do Ensino Médio, acredita que projetos como esses são proveitosos para o aprendizado. Com o jogo, segundo ela, aprender se tornou mais divertido. As informações que aprendem sobre cada país e cada cultura, além de tornar o conteúdo das aulas mais interessante, os ensina a respeitar, tanto o outro como aqueles que têm uma cultura diferente.

Já na EE Keizo Ishihara, zona oeste de São Paulo, a professora de Ciências e Matemática, Luciana de Souza, participa de um projeto interdisciplinar com as turmas do 5º ano. Em Matemática, os estudantes solucionam problemas sobre as coleções, figurinhas e jogos de futebol, como números e operações, sequência numérica, espaço e forma nas figuras geométricas que aparecem em cada bandeira. Em Geografia, são estudados os significados das bandeiras dos países, assim como sua localização. Já, em Língua Portuguesa, os jovens leram um texto sobre o gol feito descalço, pelo brasileiro Leônidas da Silva, na Copa do Mundo de 1938. Após a leitura, a turma fez uma pequena discussão sobre a temática e lembraram outros lances importantes na história das Copas.

Quando o assunto são as figurinhas, as turmas estão montando um álbum compartilhado: “Todos podem colar e contribuir com a compra das figurinhas”, explica Luciana de Souza. A sexta-feira é o “Dia do Álbum”. Além da colagem das peças, a data é aberta aos que desejam levar suas figurinhas repetidas para trocar com os colegas de classe.

“Acredito que partindo de um tema de amplo interesse dos alunos, é possível conseguir recuperar os estudantes em defasagem, fazer com que eles entendam melhor a Matemática, sequência numérica, como contar e realizar operações numéricas”, frisa a docente ao pontuar que: “Uma das coisas que auxiliam nesse entendimento é o processo de anotar as figurinhas repetidas”, afirma Luciana.