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quarta-feira, 10/03/2004
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Escritor Moacyr Scliar elogia intercâmbio entre Educação e Saúde

Os ofícios do escritor gaúcho Moacyr Scliar, 66 anos, tocam em dualidades que, integradas, são cruciais para o desenvolvimento do ser humano: o corpo e a alma. Afinal, além de […]

Os ofícios do escritor gaúcho Moacyr Scliar, 66 anos, tocam em dualidades que, integradas, são cruciais para o desenvolvimento do ser humano: o corpo e a alma. Afinal, além de ter escrito célebres romances como “O exército de um homem só”, “Mães de cães danados” e “O centauro no jardim”, ele também exerce a profissão de médico.

E sua especialidade é justamente a Saúde Pública, tema das aulas que ministra na Faculdade Federal de Saúde do Rio Grande do Sul. Este setor tem realizado constantes intercâmbios com a Secretaria da Educação.

Em entrevista dada a este repórter da Secretaria, ele destacou a importância do intercâmbio em qualquer política educacional, que abrange também a área de Saúde, quando se fala em prevenção de doenças infecto-contagiosas e outros males.

Uma área está relacionada à outra. E, segundo o escritor, a escola é a base de tudo. “Há várias vertentes neste caminho, e o trabalho nas escolas é o ponto de partida. Depois vem a Educação do público em geral, com o auxílio da mídia e deste valioso instrumento que hoje é a Internet”, diz.

Projetos como o Escola da Família, para Scliar, são fundamentais para essa união de vários setores da sociedade. “Acho uma iniciativa extremamente positiva. Tudo o que possa permitir intercâmbio entre pais, professores e alunos é fundamental, ainda mais em uma época tão difícil em que vivemos”, disse.

Outro ponto defendido pelo escritor é a educação de jovens e adultos. A Secretaria organiza um programa com esta diretriz – o Educação de Jovens e Adultos (EJA). Mas para alguns céticos, é melhor investir apenas em crianças em formação e deixar de lado políticas para a alfabetização de adultos e idosos.

Esta opinião é considerada sectária e absurda por Scliar. “Vejo isso como um preconceito, algo que não se justifica. A expectativa de vida aumentou no Brasil e não ajudar os idosos a descobrir seu potencial seria subestimá-los”, comentou.

Scliar não deixou de reverenciar a gestão do Secretário de Educação do Estado de São Paulo, o professor Gabriel Chalita. “Não o conheço pessoalmente, mas pelo que sei sobre o trabalho dele, só tenho elogios a fazer”, ressaltou.

EUGENIO GOUSSINSKY