O Metrô de São Paulo e o Museu de Arte Sacra (MAS) oferecem a exposição “Presépios no Metrô”, com 18 conjuntos que já estão em cartaz na estação Tiradentes, da Linha 1-Azul. Entre as novidades deste ano, estão os três presépios inéditos em exposição, como os presépios de Embu, com 11 peças e feito com terracota, de Aparecida do Norte, produzido com madeira, e o “Figuras de Aniagem”, composto por tecido e arame.Todos os conjuntos são do acervo do museu e estão disponíveis na Sala Tiradentes, que foi reaberta para essa mostra e fica no mezanino da área paga da estação. As visitas podem ser feitas gratuitamente pelos passageiros da estação, de terça a domingo, das 9h às 17h. A exposição segue todos os protocolos de segurança, disponibilizando álcool em gel e controlando a entrada dos visitantes para manter o distanciamento.A curadoria da mostra é de Beatriz Cruz, que coloca entre os destaques a obra “Presépio de Cabaça”, feita com cabaça e palha de milho. Há também o conjunto “Presépio, 2001”, que é feito com sucata de latão, ferro, alumínio e cobre. Obras brasileiras também fazem parte da mostra, como o “Presépio de Caruaru”, que traz um casal de cangaceiros junto ao nascimento de Jesus, feito em barro cozido pelo escultor pernambucano Mestre Vitalino.
Além desses presépios com diversidade de materiais, formas e cores, o visitante também poderá ver os mais tradicionais, feitos de madeira, barro ou louça, como a peça “Natividade”, feita com tecido e madeira, já na coleção do museu desde 2019.
Outros presépios de destaque:
– Presépio da Cracóvia, feito com madeira e embalagens de chocolate, representa o nascimento de Jesus dentro de uma catedral eslava. O presépio veio diretamente da Polônia e mais tarde foi doado ao Museu de Presépios por Ciccilo Matarazzo, em 1968.
– Presépio de Zimbabwe, feito com madeira de jacarandá pelo escultor John Khami, é o resultado de um processo durante a introdução de presépios pelos missionários em Zimbábue, que eram feitos de gesso e com um recém-nascido de pele branca, tendo sido adaptado a iconografia local pela Igreja para criar laços de identidade com a população. O Presépio de Zimbabwe representa isso com as cores e o material escolhido, uma matéria-prima africana: o jacarandá.