Com iniciativa, 277 cidades paulistas aderiram ao Programa Ler e Escrever, 146 à Rede do Saber e 89 agora fazem parte do São Paulo Faz Escola
A partir deste ano, centenas de municípios paulistas passarão a adotar em suas redes de ensino os programas Ler e Escrever, São Paulo Faz Escola e Rede do Saber. Os programas são um grande trunfo para a melhoria da qualidade do ensino na rede estadual. Com as parcerias, a Secretaria de Estado da Educação vai investir R$ 5 milhões no fornecimento de material didático para implantação dos programas aos municípios. Mais de 350 mil alunos serão beneficiados.
“Com a parceria estabelecida entre as redes, quem ganha são os alunos, que terão acesso a materiais completos, entre eles ao Currículo desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado, o que sem dúvida será um grande passo para melhoria da qualidade do ensino”, afirma o secretário de Estado da Educação, Paulo Renato Souza.
Para o Ler e Escrever, houve adesão de 277 municípios. Voltado para alunos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, o programa tem foco na leitura e escrita, permitindo uma progressão melhor da criança ao longo de sua vida escolar. Mais de 284 mil estudantes serão envolvidos no programa que tem material didático específico.
Também houve adesões de 89 prefeituras ao Programa São Paulo Faz Escola, que passará a atender 69.342 alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Assim como acontece hoje na rede estadual, os estudantes das redes municipais conveniadas também vão receber os Cadernos do Aluno e Cadernos do Professor. O material obedece a uma matriz curricular elaborada pelo Estado e norteará as atividades em sala de aula.
Às Secretarias Municipais de Educação conveniadas caberá a responsabilidade de capacitar todos os educadores envolvidos no processo. Já os materiais que serão fornecidos pela Secretaria devem estar disponíveis até o início do ano letivo.
Os 146 municípios que aderiram ao Programa Rede do Saber terão acesso às videoconferências destinadas à formação pedagógica e gestão educacional e, além disso, os professores também poderão acessar os vídeos com orientações específicas sobre os cadernos do aluno.
Os programas
Ler e Escrever
O Ler e Escrever tem ações específicas para cada série. O objetivo é tornar todas as crianças alfabetizadas aos oito anos de idade. A primeira fase do projeto teve início em 2007, com a implantação das iniciativas nas escolas da Capital paulista. Em 2009 o programa foi expandido para o interior e litoral. Os resultados já começam a aparecer, com a alfabetização aos 8 de idade passou de 87,4% para 90,2% entre 2007 e 2008
Na 1ª série do Ensino Fundamental, foi instituído o Projeto Bolsa Escola Pública e Universidade na Alfabetização. Por meio de parcerias com universidades, um segundo professor atua nas classes, como auxiliar. Eles prestam atendimento às crianças em processo de alfabetização e ajudam na organização das aulas; em troca, recebem uma bolsa-auxílio.
Na 2ª série, intensifica-se a formação dos educadores e existem materiais específicos para este nível educacional. Para a 3ª série, a iniciativa promove o Programa Intensivo no Ciclo I – PIC de 3ª série. O projeto tem como objetivo reforçar as competências de leitura e escrita, adequando o currículo desta série às necessidades de aprendizagem daqueles que não tiverem alcançado o nível necessário nos dois primeiros anos de escolarização. Para a fase final do Ciclo I do Ensino Fundamental, existe o Projeto Intensivo no Ciclo I – PIC de 4ª série, que propõe várias estratégias de oportunidades aos alunos que não tenham o domínio da leitura e da escrita de avançarem na aprendizagem. Durante todo o Ciclo I existe uma rede de apoio aos professores, com programas de formação continuada e materiais específicos a cada série.
Como material auxiliar, em 2009, foram adquiridos 812 títulos de gêneros literários diversos que buscam desenvolver o domínio e o hábito da leitura e da escrita nos alunos das quatro séries iniciais do Ensino Fundamental. No total, foram 1,8 milhão de exemplares. Além disso, também foram enviados às escolas 5.839 unidades de globos terrestres, 96.300 alfabetos e 531.996 exemplares de revistas e histórias em quadrinhos para os alunos do Ciclo I.
São Paulo faz escola
O programa São Paulo faz escola, criado em 2008, permitiu a –a elaboração de um currículo unificado para todas as escolas estaduais. Por meio da página do programa na internet ( www.saopaulofazescola.com.br ) a comunidade escolar pode enviar sugestões e participar da elaboração da proposta curricular. A ação também possibilitou produção dos cadernos do professor e do aluno distribuídos a toda rede.
São 72 cadernos diferentes, uma para cada disciplina e para cada série. O Caderno do Aluno não substitui o livro didático, que continua sendo usado nas salas de aulas da rede, mas será um apoio, mais uma ferramenta de estudo e pesquisa oferecida aos estudantes das escolas estaduais.
Os alunos do Ensino Fundamental receberão oito cadernos, uma para cada disciplina (língua portuguesa, matemática, artes, língua inglesa, ciências, geografia,história e educação física). Ao longo do ano letivo o aluno receberá um total de quatro volumes de cada disciplina (um por bimestre). Já para os estudantes do Ensino Médio serão 11 cadernos diferentes, para as disciplinas de língua portuguesa, língua inglesa, artes, história, geografia, sociologia, filosofia, física, química, biologia e matemática. Também são quatro volumes por disciplina.
Os conteúdos do Caderno do Aluno foram elaborados por uma equipe multidisciplinar formada por educadores da Secretaria de Estado da Educação e por especialistas consultados pela pasta. A rede de educadores foi consultada para aperfeiçoar a nova versão do Caderno do Professor e, conseqüentemente, o Caderno do Aluno.
Rede do Saber
Criada em 2003, a Rede do Saber é uma importante ferramenta para a formação continuada dos docentes da rede estadual. Por meio dela, as capacitações, videoconferências realizadas pela Secretaria podem alcançar todos os 210 mil professores da rede.
A Rede do Saber conta com uma enorme estrutura distribuída por todo o Estado, abrangendo as 91 Diretorias de Ensino. São mais de 300 salas incluindo ambientes de recepção de videoconferência, laboratórios de informática, espaços multimídia para estudos, além de estúdios de geração de vídeos.
Atualmente, o portal abriga em sua “Videoteca” mais de 300 vídeos, disponíveis para as consultas dos docentes permanentemente.