A Secretaria da Educação acredita no potencial de cada estudante matriculado na rede estadual paulista. Mais do que isso, a SEE incentiva o protagonismo dos jovens, o que tem gerado bons frutos. Os exemplos são muitos e, geralmente, inspiram a todos que os conhecem. Com ações capazes de transformar a realidade da comunidade onde vivem, conheça alguns projetos criados por alunos e alunos de São Paulo.
As cascas dos alimentos, geralmente, são descartadas. Mas, a aluna Poliana Hilário, da E.E. Professora Maria Dolores Veríssimo Madureira, localizada em São José dos Campos, encontrou outra finalidade para as cascas da banana. Com o intuito de participar da 4ª edição da Feira de Ciências das Escolas Estaduais (FeCEESP), a estudante criou uma embalagem biodegradável usando, além das cascas, insumos de fácil acesso e baixo custo de produção, como alho, manjericão, orégano e canela em pó. A embalagem foi criada para substituir os recipientes de isopor, material que não é reciclável.
Poliana é um exemplo quando o assunto é sustentabilidade. Ele realiza coleta seletiva de lixo, não joga papel fora do cesto e reutiliza até mesmo copos plásticos que deveriam ser descartáveis. Nada mais comum, então, do que criar algo nessa linha. “Eu sempre tive o sonho de fazer algum projeto que fosse totalmente inovador e que beneficiasse o Meio Ambiente, e que esse projeto fosse reconhecido de qualquer forma possível”, disse Poliana. Naquela edição, seu projeto alcançou o terceiro lugar entre os finalistas da Feira de Ciências.
Viajando um pouquinho pelo interior de São Paulo, estudantes da E.E. Antonio Kassawara Katutok, em Gabriel Monteiro, região de Birigui, são responsáveis por projetos sustentáveis como a instalação de um sistema econômico e ecológico de captação de água da chuva. As turmas do Ensino Médio criaram um sistema onde reutilizam a água pluvial na irrigação da horta escolar e de um bosque que os próprios alunos plantaram.
Os produtos da horta são utilizados na merenda e as cascas e sobras são reaproveitadas como adubo. A coordenadora pedagógica da escola, Giovana Cervantes Loli Penha espera que o exemplo seja seguido por outras escolas da rede estadual. Afinal, “tudo isso mostra que estamos no caminho certo, fazendo aquilo que é necessário para contribuir com a mudança que o mundo precisa”, acrescenta.
Em Mogi das Cruzes, na E.E. Adelaide Maria de Barros, dois amigos criaram um aplicativo para ajudar na coleta seletiva do lixo. Bruno Gaspar e Wesley Oliveira, alunos da unidade escolar, realizaram testes na própria escola. A plataforma digital identificou problemas e encontrou soluções na rotina de todos os frequentadores do espaço. O sucesso foi tamanho que o projeto recebeu destaque na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). “Demorou para a gente entender que fomos os vencedores daquela competição. Agora é trabalhar para colocar o App na rua e conquistar usuários”, afirma Wesley Oliveira.
Outro projeto que merece atenção é o monitor cardíaco para sonâmbulos, criado pela aluna Nathália Souza de Oliveira. A invenção resulta das aulas de iniciação científica, ministradas na E.E. Alexandre Von Humboldt, uma unidade de tempo integral.
Parecido com um relógio, o aparelho possui um sensor óptico e uma placa de arduíno para a verificação da frequência cardíaca. O alarme é acionado sempre que registra algo fora do padrão. “Eu pesquisei que o sonambulismo não é tratado como doença. No entanto, as pessoas que sofrem com isso podem sofrer acidentes. Eu sempre quis algo na área de neurologia. Aí criei um dispositivo que une os dois”, disse Nathália.