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quinta-feira, 09/02/2023
Notícia

Estudantes do Programa de Educação nas Prisões conquistam medalhas de prata e bronze na Olimpíada de Matemática

Em todo sistema prisional paulista foram 15 menções honrosas, três medalhas de bronze e uma de prata no ano passado

“Fiquei muito feliz”. A frase é do reeducando libanês Mostafa Shokor, de 33 anos, ao descrever o sentimento de ter faturado medalha de prata na 17ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), realizada no ano passado. Além dele, que cumpre pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva”, de Itaí, outros três presos receberam medalhas de bronze e 15 menções honrosas.

A penitenciária, que faz parte do Programa de Educação nas Prisões (PEP), vinculada à Escola Estadual Joao Michelin, tem um histórico importante na prova: na edição de 2017, um outro presidiário colombiano, que cumpria pena na unidade, ganhou uma medalha de ouro. Ele foi o primeiro reeducando na história da OBMEP a levar o prêmio máximo.

O estudante disse ainda que estava bem preparado para a avaliação, porém, esperava um resultado melhor. “Fiquei satisfeito, mas queria a medalha de ouro”, brinca o reeducando, que já traça objetivos para quando ganhar liberdade. “Ler mais e cursar uma universidade na área financeira”, finaliza o libanês.

Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, as secretarias de estado da Administração Penitenciária (SAP) e Educação (Seduc-SP) têm estimulado, cada vez mais, reeducando a participarem da OBMEP, realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Ao todo, 25.811 em todo o estado se inscreveram para a prova em 2022.