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quarta-feira, 28/06/2017
Boas Práticas

Estudantes se reúnem para debater as melhorias do projeto Gestão Democrática nas escolas

No encontro, 10 escolas da DE Mogi das Cruzes foram representadas por alunas e alunos

O projeto Gestão democrática tem mudado a rotina das escolas da rede estadual. Pais, alunos, professores, diretores e demais funcionários puderam se aproximar para debater as melhorias pertinentes a cada unidade. O resultado foi o melhor desempenho dentro e fora das salas de aula. Com isso, um grupo formado por 10 alunos, cada um de uma escola da Diretoria de Ensino de Mogi das Cruzes, se reuniu para relatar as mudanças que viveram em suas comunidades escolares.

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“Eu participei de um dos primeiros grupos de escuta, de onde tivemos várias questões e queríamos levar elas para a escola. Queríamos debater como resolver essas questões”, conta André Tarsis Domiciano, aluno da E.E. Professor Adhemar Bolina. André foi um dos mediadores do debate, ao lado da ex-aluna da E.E. Doutor Deodato Wertheimer, Maria Luiza Fernandes. A escola de Maria Luiza foi uma das que mais responderam o questionário online do projeto Gestão Democrática, em 2016.

A mediadora, interessada em conhecer os problemas vividos em outras escolas e em saber as soluções adotadas dentro do projeto Gestão democrática para solucioná-los logo pergunta: “visto que democracia na escola é a união do corpo escolar, dos segmentos dos professores, dos funcionários, dos alunos e dos pais, qual é a importância do Gestão Democrática na escola, no dia a dia, nas tomadas de decisões, no combate aos conflitos e tudo mais?

Todos tiveram a oportunidade de responder a indagação, mas para Andiara Luiza da Silva e Silva, a melhor parte foi a participação de todos, pois antes do gestão Democrática “não tinha a participação, não tinha a colaboração. Então, desde que o projeto foi implantado as coisas mudaram, em todos os sentidos. Um quer ajudar o outro. Até em questão de nota está tudo melhorando. O Comportamento da diretoria, o vínculo da diretoria com os alunos, tudo melhorou uns 90 por cento”, acrescenta.

Leticia Helena Nunes da Silva, aluna da E.E. José Ribeiro Guimarães, conta que o Grêmio, “junto com os representantes de sala, teve a ideia de montar uma horta. E aos fins de semana, com a Escola da Família, os pais, alguns professores e os alunos vão até a escola e começam a desenvolver a horta. Então, além dos alunos ter um conhecimento de biologia e ciências, os pais têm mais convívio com os filhos”, explica a aluna.

O encontro durou cerca de duas horas, mas segundo relatos dos participantes foi de grande valia. Ali foi possível ver o quanto a Educação acerta em implantar projetos como o da Gestão Democrática. Os alunos perceberam que a realidade de um nem sempre é a mesma do outro, mas, com certeza, se a comunidade escolar tiver voz ativa a unidade terá um futuro bem melhor.

Na primeira fase, em 2016, cerca de 500 mil estudantes, professores e pais/responsáveis responderam a um questionário online sobre a atuação das três principais instâncias democráticas: Grêmios, Conselho de Escola e Associação de Pais e Mestres (APM).

Gestão democrática melhora aprendizagem

De acordo com a enquete, mais da metade (61%) dos participantes creditam à gestão democrática a melhora da aprendizagem dos alunos, enquanto 60% apontam a garantia da inclusão e o respeito às diferenças entre as pessoas. Na avaliação sobre o Conselho de Escola, 53% disseram que existente, funciona e representa a comunidade. Outros 58% afirmaram que os grêmios e os representantes de classe são convidados e participam das reuniões.

O espaço ocupado pelos grêmios também estava entre os itens da pesquisa. Segundo os ouvintes, 49% indicaram que os colegiados foram criados por iniciativa dos alunos. Na opinião de 43% dos participantes, as associações de pais e mestres têm um plano de trabalho claro e é discutido com a comunidade. Mais: 38% esclareceram que há troca de informações entre a APM, Grêmio e Conselho.

Legislação escolar será atualizada

As discussões locais servirão de base para as próximas fases: regionais e estaduais, previstas para os próximos meses. Após o período de debate e de consulta pública, as contribuições vão compor um novo projeto de lei a ser apresentado na Assembleia Legislativa. Além disso, se aprovado o projeto, a Secretaria oferecerá cursos de formação continuada de professores, supervisores de ensino e equipes atentos às novas diretrizes.