A aluna Gabriela Delgado Médici equilibra uma centena de cartas nas mãos enquanto entra na casa de repouso Tempos Dourados, em Mauá, cidade da Grande São Paulo. Com outros estudantes da E.E. Professora Therezinha Sartori, ela distribuí as correspondências para idosos que esperam ansiosos pela entrega.
Quando o conteúdo é esgotado, a professora de Língua Portuguesa Elisangela dos Santos Meira, idealizadora da ação, abastece as mãos do grupo com mais mensagens produzidas por alunos da escola com idades diferentes, mas que compartilham o mesmo objetivo. “Queremos levar alegria, afeto e atenção, resgatando a autoestima dos idosos”, explica a educadora.
A entrega de cartas é um novo passo do projeto “Correspondências”, que começou entre as salas de aula, ganhou o bairro, escolas de municípios vizinhos e, agora, se volta à comunidade. “Promover essa sensibilização e aproximação com a comunidade é uma prática cidadã”, afirma Elisangela.
Viagem no tempo
Acostumada com a rapidez das redes sociais, Julia Gobo deixou de lado as hashtags do Twitter e publicações do Facebook para se adaptar ao estilo de escrita das correspondências. “Essa foi a primeira vez que escrevi uma carta. Escrevi o que não conseguiria falar. Passei meus sentimentos e emoções”.
“A carta sai muito do mundo de hoje em dia. É algo que permite uma aproximação maior, por que se esforçou, trabalhou para realizar. E, quem recebe, acaba sentindo isso também”, diz Gabriela.
A inspiração de Bruno de Oliveira Santana da 1ª série do Ensino Médio são os avós. Cada palavra do texto destinado aos idosos foi escrita de forma pessoal. “Escrevi com o mesmo carinho, como se fosse para alguém da família e que conheço há muito tempo, tentando demonstrar a importância de pessoas que têm muita experiência para passar aos mais jovens”.
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