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quinta-feira, 13/12/2018
Boas Práticas

Evasão escolar é combatida com projetos práticos e integração da comunidade

Escolas da rede abrem suas portas aos finais de semana para envolver ainda mais o aluno com ambiente escolar

Evasão escolar ainda é uma realidade bastante recorrente nas instituições de ensino de todo o país. Embora São Paulo registre uma das menores taxas, muitas escolas promovem iniciativas com o intuito de reduzir ainda mais os números de abandono.

Na capital, a Escola Estadual Ítalo Betarello, por exemplo, é uma das unidades que desenvolvem projetos práticos para atrair a atenção dos alunos. Segundo o diretor, Ariovaldo Guintter, a ideia é envolver os alunos com diferentes atividades, sobretudo, no período da noite.

“Os professores desenvolvem, cada um na sua disciplina, algum projeto diferenciado. No noturno, por exemplo, temos projetos de coral, dança, jornal, pintura”, conta.

A escola, que tem como base teórica o Currículo Oficial do Estado, aposta em propostas mais dinâmicas para cativar cada vez mais o estudante no ambiente escolar. “Com isso, eles conseguem um significado maior daquilo que estão vendo em sala de aula”, afirma a professora de Língua Portuguesa, Lucinir Alves de Oliveira.

Integração

Ainda que existam diversas práticas pontuais dentro das escolas, a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo tem como prioridade desenvolver projetos que estimulem o engajamento escolar e reduzam os números de evasão.

Um deles é o Programa Escola da Família, que se tornou a marca registrada de muitas unidades de ensino da rede. Através dele, as escolas oferecem atividades gratuitas para toda comunidade aos finais de semana.

Entre as ações disponíveis estão cursos de idiomas, mutirões de limpeza, cursos de artesanato e pintura, workshops e oficinas de esportes. “O programa contribui com o enriquecimento do repertório da comunidade” avalia Carmen Lúcia Bueno Valle, coordenadora-geral do Programa Escola da Família.

Mais do que isso, ele é responsável por aproximar a escola de todos os membros do bairro e até da cidade. Para Ana Maria Stuginski, da operacionalização do Programa, são inúmeros os benefícios que essa iniciativa traz para o engajamento dos alunos.

“Quando a escola abre os portões para a comunidade, ela está dizendo: venham me conhecer e participar das atividades”, enfatiza.

Atualmente, o programa está presente em mais de 590 municípios nas 91 Diretorias de Ensino. São 2,2 mil escolas estaduais e mais de 70 escolas municipais que contam com a participação de 2,2 mil educadores, mais de 8 mil universitários bolsistas e cerca de 9 mil voluntários.