Há 13 anos, o Carnaval dos alunos das Escolas Estaduais Arthur Guimarães e Marina Cintra, da capital paulista, é especial. Uma parceria entre as unidades de ensino, a Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato, e o ponto de cultura Espaço Arterial, proporciona aos alunos momentos de aprendizado e descontração com o Bloco das Emílias e Viscondes. Mas não é só a criançada que se diverte, não. Os ex-alunos da rede também caem na folia e fazem a festa acontecer.
Hanna Rahal, 19, Babara Duraes Oliveira, 20, e Priscilla de Jesus Ribeiro, 19, hoje estudantes universitárias dão um show no bloco e nos bastidores. Elas desfilam todos os anos desde a primeira edição, em 2006, e fazem parte da organização.
“O meu contato foi com 7 anos de idade. Na escola Arthur Guimaraes, eu era um toquinho de gente. No dia do bloco, como sempre acontece, a escola traz a gente, então eu vim junto com a escola e fiquei encantada. Eram uns bonecões, primeiro foi o visconde, depois foi a Emília. Era tudo muito grande, muito magnífico”, contou Barbara.
“Eu lembro de todo mundo vestido de Emília, de Visconde, aquela confusão. Aquela ansiedade. Porque era uma coisa muito nova. Ninguém sabia, era um bloco infantil. Um bloco que a gente poderia estar, podia trazer os amigos, foi bem legal”.
Todos os anos, o bloco reúne cerca de 500 pessoas na Praça do Rotary, entre crianças e familiares. E acontece sempre na sexta-feira que antecede o carnaval. Este ano, a folia aconteceu no dia 9 de fevereiro e homenageou o Menino Maluquinho, com o enredo “Menino Maluquinho do Bloco”.
“Esse bloco em si traz uma outra imagem do carnaval e para crianças e as crianças adoram. Ver a felicidade delas, elas se maquiando, isso que eu acho que mais me emociona em fazer parte de tudo isso desde o início”, disse Barbara.
Elas são responsáveis por dar oficinas nas escolas, confeccionar e distribuir fantasias às crianças, organizar o bloco e hidratar os foliões que participam do festejo.
“É incrível porque é a mesma sensação, sabe? De quando eu era muito novinha e de hoje sendo mais velha e participo igual. Eu comento que toco num bloco infantil com 19 anos, é engraçado, mas é o bloco que eu ajudei, que eu participo desde sempre. Eu não vejo a minha história sem ter o bloco toda sexta-feira antes do carnaval”, disse Hanna.