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sexta-feira, 15/09/2006
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Exposição de projetos de Escolas Estaduais continua na 10ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza

Participação no evento representa o reconhecimento internacional ao trabalho desenvolvido em estruturas pré-fabricadas e também aos arquitetos paulistas Projetos de escolas estaduais paulistas continuam expostos na 10ª Bienal Internacional de […]

Participação no evento representa o reconhecimento internacional ao trabalho desenvolvido em estruturas pré-fabricadas e também aos arquitetos paulistas

Projetos de escolas estaduais paulistas continuam expostos na 10ª Bienal Internacional de Arquitetura em Veneza. O evento deste ano, que deve receber 120 mil visitantes até 19 de novembro, tem como tema “Cidades, Sociedade e Arquitetura”. A participação dos projetos arquitetônicos das escolas se dá a partir do convite feito pela organização do evento. O principal critério para integrar o evento é o diferencial na utilização da estrutura pré-fabricada para a construção de prédios escolares, que tem tudo a ver com o objetivo da Bienal.

Edição 2006

Este ano o evento tem como proposta a interação da estrutura física das cidades – construções, espaços e ruas – com o aspecto sócio-cultural e as dimensões econômicas da existência nas regiões urbanas, a partir da explosão demográfica. Segundo dados da Bienal, hoje mais da metade da população mundial vive nas áreas urbanas. Há um século este índice era inferior a 10%.

De acordo com os arquitetos da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) – órgão executor da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo responsável pelas construções escolares – a participação da instituição neste evento representa um reconhecimento internacional ao trabalho desenvolvido em estruturas pré-fabricadas e também aos arquitetos paulistas.

Participam da Bienal cidades populosas de diferentes continentes como: Berlim, Barcelona, Cairo, Bogotá, Londres, Johannesburg, Cidade do México, Shangai, Tokyo, Nova York, Mumbai (Índia), Istambul, Los Angeles e São Paulo, que apresentarão experiências arquitetônicas e projetos urbanos.

Escolas estaduais paulistas

São Paulo está no primeiro estande do Pavilhão montado no Arsenale. Além de apresentar as escolas e painéis com os dados gerais da cidade, mostra projetos como a Estação de Trem em Itaquaquecetuba, o Concurso para o Minhocão Costa e Silva, a Intervenção Urbana do eixo de trem Mooca/Ipiranga, Nova Luz e a Praça das Artes.

Os três projetos de escolas expostos no estande são: Escola Estadual Conjunto Habitacional Campinas F1, do escritório MMBB Arquitetos Ltda; Escola Estadual Jardim Umuarama (São Paulo) do Estúdio 6 Arquitetos S/C Ltda; e Escola Estadual Ataliba Leonel/Pedro de Moraes Victor (São Paulo), do escritório SPBR Arquitetos Ltda.

Projetos diferenciados

O sistema construtivo de estruturas pré-moldadas é utilizado pela FDE desde 2003 com o objetivo de garantir mais qualidade e durabilidade, menor custo de manutenção, e redução nos prazos de viabilização da obra. Outro diferencial destes projetos é a incorporação ao espaço de vivência da quadra de esportes coberta. Além de gerar mudanças significativas nos projetos arquitetônicos, amplia as funções do prédio, dá novo valor ao espaço e incentiva a maior participação da comunidade na escola.

De acordo com recente publicação da FDE – Arquitetura Escolar Paulista: estruturas pré-fabricadas, organizada pelas arquitetas Avany de Francisco Ferreira e Mirela Geiger de Mello – na maioria das vezes o prédio escolar é um dos únicos equipamentos públicos disponíveis na periferia de nossas áreas metropolitanas e se sobressai por sua escala na imensidão formada por autoconstruções e por conjuntos habitacionais.

No total, 100 prédios escolares foram projetados neste sistema. Destes, 34 estão finalizados e 12 estão em fase de execução. O s demais passam por diferentes etapas de viabilização. Contratados pela FDE, os escritórios de arquitetura responsáveis pela elaboração dos projetos produziram uma diversidade de soluções que agora são reconhecidas internacionalmente.

A FDE

Criada em 1987, a Fundação para o desenvolvimento da Educação (FDE) é o órgão executor da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo – a maior rede pública de ensino do País – com mais de 5 mil escolas e quase 6 milhões de alunos. Atuando na construção, reforma e manutenção dos prédios escolares, e ainda no planejamento, implantação e gerenciamento de projetos pedagógicos e tecnológicos, a Fundação exerce papel de fundamental importância para a rede estadual de ensino.