Este foi um dos pontos discutidos na abertura do Seminário de Educação a Distância, nesta quarta-feira, dia 29, no Anhembi
“O conceito de educação a distância não vai acabar com o professor, nem diminuir a importância e a responsabilidade que ele tem. Não se trata de substituição. É algo novo que surge para dar força a todos esses instrumentos educacionais que já existem. Por outro lado, também não é algo novo que vai fazer com que a gente jogue fora o que já vinha acontecendo”. As palavras do secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, na abertura do Seminário de Política Educacional – Educação Básica a Distância, revela a importância de novas ferramentas para ensinar quem volta aos estudos. “Tão importante quanto o contador de histórias é utilizar o computador, a internet, desenvolver pesquisas. Se a tecnologia deixa de ser um tabu, o ensino a distância cresce muito”, disse.
O primeiro dia do Seminário, promovido pelo Conselho Estadual da Educação de São Paulo (CEESP), como o apoio da Secretaria de Estado da Educação, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, foi conduzido pelo presidente da entidade, Marcos Monteiro, que fez questão de ressaltar o papel decisivo do método não presencial no processo de inclusão. “A Secretaria de Estado da Educação tem promovido por meio do Escola da Juventude, que eu considero um dos mais brilhantes programas implantados pelo nosso secretário recentemente, um esforço nessa direção. Mas ele não basta. Nós precisamos somar novos esforços na perspectiva de integrarmos essa gente no sistema produtivo. A cada dia se discute a necessidade de se propor projetos pedagógicos diferenciados e motivadores a medida que eles sejam capazes de integrar mídias diferentes”, disse Monteiro.
Marcos Monteiro disse ainda que a educação a distância é um instrumento fundamental de políticas públicas. “Ela precisa ter credibilidade, que só estará garantida se formos capazes de desenvolver referenciais que garantam a qualidade dos resultados obtidos. Portanto, existem desafios enormes pela frente. A melhor maneira de enfrentá-los é discutindo, a melhor maneira de caminhar na solução deles é seguir com o que nós pretendemos fazer neste seminário”, disse o presidente do Conselho Estadual de Educação.
Presença internacional
A primeira conferência do dia foi comandada pelo professor Pierre Lévy, da Universidade de Paris, que expôs as Concepções e Objetivos da Educação a Distância. Para o filósofo de 49 anos, titular da cadeira de Pesquisa em Inteligência Coletiva na Universidade de Ottawa, no Canadá, “as redes de computadores carregam uma grande quantidade de tecnologias intelectuais que aumentam e modificam a maioria das nossas capacidades cognitivas, ou seja, o computador é um instrumento de troca, de produção e de estocagem de informações. Torna-se desta forma, um instrumento de colaboração”. Pierre afirmou ainda que a Internet é um instrumento de desenvolvimento social, e possibilita a partilha da memória, da percepção, da imaginação. “Isso resulta no aprendizado coletivo e na troca de conhecimentos entre os grupos”, revelou.
O primeiro dia prevê ainda a mesa redonda Modelos, experiências e possibilidades em Educação a Distância. Já o segundo e último dia de seminário, nesta quinta-feira, dia 30, abre com outra mesa redonda Avaliação em Educação a Distância na Educação Básica. Na parte da tarde será a vez dos participantes debaterem sobre a Formação de Educadores.
Serviço
Seminário Internacional de Política Educacional sobre Educação Básica a Distância
Data: Dias 29 e 30 de março
Horário: Das 9h às 17h30
Local: Centro de Convenções do Anhembi (Grande Auditório). Av. Olavo Fontoura, 1209 – Portão 35 – São Paulo-SP