Depoimento de especialistas e pessoas surdocegas foram destaque do evento realizado nesta quinta-feira (23). Encontro contou com a presença do secretário Herman Voorwald
Uma nova perspectiva sobre aqueles que têm surdocegueira. Essa é a principal mensagem transmitida no I Fórum de Surdocegueira e Deficiência Múltipla Sensorial. Realizado pelo Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado, o evento desta quinta-feira (23) foi o primeiro de uma série de dez encontros e contou com a presença do secretário Herman Voorwald, da coordenadora de Gestão da Educação Básica, Leila Malio, e da coordenadora do Centro de Atendimento Especializado, Maria Elisabete da Costa.
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Entre as palestras apresentadas, os destaques ficaram por conta da diretora da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (Ahimsa), Shirley Maia, e da presidente da Associação Brasileira de Surdocegos, Claudia Sofia Pereira.
Shirley abordou, principalmente, as necessidades que os estudantes surdocegos têm para a aprendizagem. “O papel do professor é ensiná-los a aprender. Para isso, é preciso conhecer diferentes formas de comunicação”, comenta.
O depoimento de Claudia Sofia, que é surdocega, ajudou aqueles que acompanharam o fórum a compreender melhor a afirmação de Shirley. Claudia contou sua trajetória e falou sobre as formas de comunicação que domina, como o Tadoma, que consiste em interpretar o que as pessoas falam por meio do tato e da articulação da boca. No Brasil, apenas seis pessoas desenvolveram esse tipo de comunicação. “Esse fórum irá ajudar a levar novas informações para os professores. A inclusão se faz dessa forma, com formação”, garante Sofia.