Alunos de 60 escolas da rede estadual de São Paulo estão aprendendo Matemática no supermercado. O cenário, na verdade, é virtual e uma das opções da plataforma Matific, criada para ampliar e recuperar o conteúdo da disciplina. Na Escola Estadual Alfredo Paulino, unidade na capital onde a ferramenta é adotada, estudantes do 6º ao 9º ano se revezam entre as aulas ‘tradicionais’ e aquelas com ajuda do game. A nova abordagem está agradando.
Além de cálculos de preços e quantidades exigidos em compras no mercado, no Matific é possível ensinar figuras geométricas, teoria de Pitágoras, porcentagem, áreas e perímetros de espaços, probabilidade e diversos outros tópicos previstos no currículo da Secretaria da Educação do Estado. A orientação aos professores é incluir os jogos à rotina de estudos, ao menos, uma vez por semana.
“Este foi o primeiro bimestre que utilizamos o aplicativo Matific e já é possível perceber que os alunos se interessam e aprendem mais também com exercícios selecionados a cada série. Para a direção da escola e educadores, a plataforma oferece relatórios do desempenho por estudantes e classes”, explica o professor de multiletramento André de Souza, da E. E. Alfredo Paulino.
Competição e jogos de tabuleiros
Em São José do Rio Preto e José Bonifácio, os jogos também são apostas dos professores. Mas, por lá, a seleção é ‘analógica’. As estratégias incluem dama, ludo e sogo e é reconhecida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Além das atividades em sala de aula, as duas Diretorias de Ensino organizaram em 2016 o 1º Campeonato Escolar de Jogos de Tabuleiro – CEJTA e passaram por capacitações para entender as táticas de cada jogada e como incentivar o uso do raciocínio lógico.