Na Diretoria Regional de Ensino de Limeira, duas professoras de escolas diferentes estão criando ambientes virtuais que favorecem a interação dos alunos e a aprendizagem durante esse período de aulas mediadas por tecnologia.
A distância entre as duas escolas é de aproximadamente 30km, mas a pandemia, juntamente com a vontade de levar aulas mais interativas e interessantes aos alunos, ajudou a diminuir o distanciamento por meio das atividades remotas.
A professora Nayra Vido, da Escola Estadual Arlindo Silvestre, localizada em Limeira, convidou a colega Carol Gallani, da Escola Estadual José Amaro Rodrigues, em Artur Nogueira, a produzir conteúdos gamificados e rodas de conversa.
Os conteúdos contam com jogos, atividades de QR Code e formulários gamificados. As atividades são formuladas e enviadas semanalmente pelas professoras de acordo com os conteúdos do currículo. Entre os assuntos vistos estão: reprodução das plantas e dos animais por meio de gamificação utilizando o personagem Batman, desafio aos alunos por meio de confecção de memes para sensibilizar a população a economizar energia, construção de circuito elétrico usando simulador, entre outros.
“O feedback está sendo muito positivo. Os alunos falam que é uma forma de aprender se divertindo, que o aprendizado fica mais prazeroso”, explica a professora Nayra. “Com isso, estamos dando a oportunidade deles conhecerem outras plataformas, como as atividades do QR Code. Tudo isso faz com que eles aprendam que pesquisa não se faz apenas usando papel”.
Rodas de conversa
A cada quinze dias, todas às quintas, as professoras e os alunos das duas unidades participam de rodas de conversa. As temáticas são variadas, escolhidas pelos próprios estudantes. A ideia é fazer um momento leve, para que os alunos possam interagir, mesmo que virtualmente, e fortalecer o senso crítico diante dos temas propostos. O grupo já debateu sobre bullying, transmissão e prevenção do coronavírus, fakenews, além de indicação de livros.
“A ideia é fazer este momento descontraído, para aliviar o peso do confinamento e o bombardeio de informações a todo instante. Falar de assuntos que eles gostam, deixar o assunto dentro do universo deles é uma estratégia para aumentar o engajamento deles nas rodas”, afirma a professora Carol.