Começou neste sábado (10) a vacinação de 350 mil profissionais da educação a partir de 47 anos de idade contra a COVID-19. A primeira dose foi aplicada na merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, na Escola Raul Brasil, na cidade de Suzano. O ato também marcou a reabertura da unidade, que passou por uma grande reforma em 2020.
“O primeiro Estado a iniciar a imunização de professores e trabalhadores do ensino foi o Estado de São Paulo. Foi uma decisão corajosa, mas bem planejada. A partir de hoje, 350 mil profissionais de Educação serão vacinados em São Paulo e começamos exatamente aqui, em Suzano, na Raul Brasil”, afirmou o Governador.
A Raul Brasil e as demais escolas da rede estadual poderão voltar a receber os alunos que optarem pela participação de atividades presenciais facultativas a partir da próxima quarta (14).
“A merendeira Silmara Moraes foi a primeira servidora da Educação a ser vacinada. No fatídico episódio em 2019 aqui na Raul Brasil, Silmara acolheu vários alunos na cozinha no momento do tiroteio, salvando a vida deles. Não posso conter minha felicidade e emoção por este início da imunização dos profissionais da educação”, afirmou Rossieli.
A primeira fase da vacinação nas escolas atende a profissionais que atuam desde creches até o ensino médio em qualquer unidade pública ou particular dos 645 municípios de São Paulo. A medida visa garantir mais segurança para o retorno das atividades presenciais.
A partir da idade mínima de 47 anos na etapa inicial, a campanha vai imunizar secretários, auxiliares de serviços gerais, faxineiras, mediadores, merendeiras, monitores, cuidadores, diretores, vice-diretores, professores de todos os ciclos da educação básica, professores coordenadores pedagógicos, além de professores temporários.
Para ser vacinado, cada profissional precisa apresentar o comprovante VacinaJá Educação, além de RG e CPF para conferência dos dados. Se a pessoa não apresentar o comprovante VacinaJá Educação ou o número de CPF não constar na documentação, ela não poderá receber a vacina até regularizar o cadastro.
Até este sábado, foram cadastrados 519.208 profissionais. Destes, 264.353 foram validados para a imunização.
O formulário de cadastro está disponível no site vacinaja.sp.gov.br/educacao e deve ser preenchido com número do CPF, nome completo e e-mail. Um link será enviado ao e-mail indicado, e a validação é obrigatória para conclusão do cadastro.
É extremamente importante que o profissional verifique se a mensagem com o link foi recebida normalmente na caixa de entrada ou então transferida automaticamente para a pasta de lixo eletrônico. Se a mensagem estiver na pasta de itens indesejados, basta transferi-la para a de itens principais.
No passo seguinte, o profissional deve confirmar dados pessoais e apontar nome da escola em que atua, rede de ensino, município e cargo que ocupa. Para evitar fraudes, o sistema também exige envio dos contracheques dos meses de fevereiro e março deste ano.
Quando o cadastro é validado, o profissional recebe por e-mail o comprovante VacinaJá Educação. O documento tem um QR Code para verificação de autenticidade. Para quem não receber o e-mail, a opção é entrar no site com o número do CPF e imprimir o comprovante.
Homenagem e reforma
A Escola Raul Brasil ganhou espaços artísticos em homenagem à memória aos cinco alunos e dois funcionários mortos durante um ataque a tiros no local, em 13 de março de 2019. O artista brasileiro Eduardo Kobra e sua equipe pintaram painéis internos e os muros externos da escola para reverenciar as vítimas e promover a cultura da paz.
Já a reforma assegurou novas salas de aulas, Centro de Ensino de Línguas (CEL), banheiros acessíveis, salas de leitura, informática e cantina. No prédio principal, também foi construído um Espaço de Inovação com laboratório equipado com 47 notebooks, SmartTV e impressora 3D.
A unidade de ensino também passa a contar com a quadra poliesportiva e uma área de 1,5 mil metros quadrados com paisagismo, além de um espaço destinado à prática de esportes, aulas ao ar livre e bicicletário.
A reforma foi iniciada em outubro de 2019 e custou R$ 3,1 milhões, dos quais R$ 2,7 milhões patrocinados por empresas parceiras, através do Instituto Ecofuturo. O Governo de São Paulo investiu outros R$ 400 mil para finalização da obra e aquisição de mobiliário.
As empresas parceiras foram Alumasa, Athiè Wohnrath, BASF, Docol, Duratex, Eliane, Embalatec, Empresa de Mineração Horii, Induscabos, International Paper, Itaquareia, Itograss, John Deere, Komatsu, Lavrasul, Ledvance, Meg Valau Arquitetura, Mizu, MRV, Nadir Figueiredo, Nasato, PCN Suzano, Quallical, Radial Transporte Coletivo, Sanofi, Suzano e Tigre.