Terminam hoje as inscrições para o programa “Tá na Hora”, um edital que capacita professores para a realização de oficinas com jovens dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental II e dos 1º e 2º do Ensino Médio.
O edital é uma parceria da Secretaria da Educação com o Instituto Libertas e tem como grande intuito dar aos professores uma formativo sobre como construir oficinas que falem de temas contemporâneos, com foco na internet e exploração sexual. Como construir um cronograma de projeto? Como administrar a verba? Como tomar decisões em grupo? Como atingir o público desejado? Como avaliar os resultados? São algumas das perguntas respondidas no curso.
Serão selecionados 150 inscritos para participarem do processo de capacitação. A comissão indicará, dentre os capacitados, os 100 professores que receberão um recurso de R$ 1 mil reais, para apoiar os alunos no desenvolvimento do projeto final de comunicação, parte integrante do programa.
As oficinas abordarão temas como violência, redes sociais e exploração sexual. “Hoje, as pessoas estão se sentindo à vontade para dizer coisas nas redes sociais que traduzem o que elas não tinham coragem de dizer antes face a face. Se por um lado isso é bom porque pessoas podem se manifestar livremente, por outro lado, esse espaço criado pela internet tornou as pessoas mais agressivas e mais radicais nas suas posições”, explica Luciana Temer, presidente do Instituto Libertas.
Ao longo do semestre, os estudantes serão provocados a refletir sobre as raízes da violência de gênero e da violência contra crianças e adolescentes, conhecer o cenário da exploração sexual no Brasil, imergir nas políticas públicas que buscam enfrentar esse problema, debater os avanços legais e os desafios ainda existentes no Brasil e no mundo, além de identificar as redes de proteção em seu território.
Ao final do processo, os estudantes são convidados a criar e colocar em prática uma campanha de conscientização para impactar suas comunidades. “Os grêmios estudantis estão convidados a promover essas rodas com os professores de forma a impactar toda a comunidade escolar sobre o bom uso da internet e os perigos que ela pode representar”, explica Sônia Maria Brancaglion, coordenadora de grêmios estudantis na Secretaria da Educação.