Plantar e colher sempre foram conceitos simbólicos que vão além do terreno da Biologia. São inúmeras as suas interpretações. Na religião, por exemplo, a distribuição de uma colheita denota solidariedade.
E quando se fala em experiências de vida, plantar e colher se refere à paciência, à necessidade da espera, ao saber conter as frustrações e à esperança de uma nova safra. Isso são hábitos que se aprendem na infância, e por que não dizer, na escola.
A Diretoria de Ensino da região de Votorantim resolveu destrinchar os aspectos do ato de se plantar, da expectativa da colheita, dos cuidados demandados nesta faixa de tempo. Para isso implantou em todas as escolas o programa “Mãos à horta” para alunos da 5ª série ao Ensino Médio.
Desde o início do ano letivo são traçados planos, desde a escolha do terreno da unidade até o controle de pragas pelo processo natural. Todos os detalhes merecem atenção: quais as ferramentas necessárias, a época do plantio, a preparação do terreno e o tipo de plantio (em canteiros ou sementeiras).
No fim do ano, os alunos ainda saboreiam os frutos colhidos, aprendendo o valor protéico e energético de cada alimento. A iniciativa é inserida na avaliação final de cada estudante, baseada no seu envolvimento com o projeto.
Eugenio Goussinsky