Com as presenças do governador Geraldo Alckmin, do Secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, da Secretária de Estado da Cultura, Cláudia Costin, e diversas autoridades, foi inaugurada neste domingo, dia 27, a primeira fase de restauro da fachada da EE Conselheiro Rodrigues Alves, única escola pública localizada na Avenida Paulista.
O prédio foi construído em 1919 e tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), em 1985. A obra realizada é parte de uma reforma geral, a ser feita em três etapas, patrocinada pelo ABN Amro Bank/Banco Real em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). O investimento total é de dois milhões de reais. Na primeira fase foram gastos R$ 800 mil.
Foram executados o restauro das fachadas, impermeabilização, recuperação dos gradis, cobertura, tratamento paisagístico e recuperação das esquadrias. Paralelamente foi desenvolvido um trabalho de conscientização sobre a importância histórica e cultural de preservação do patrimônio junto a professores, alunos, funcionários e comunidade. Na segunda e terceira fases do projeto, a reforma será feita nas instalações elétricas, hidráulicas, telefônicas, de iluminação e de segurança. Também serão restaurados os pisos, forros, revestimentos e pintura das paredes.
O governador, Geraldo Alckmin, marcou um novo encontro para a inauguração da segunda e terceira fase no próximo ano e salientou a importância da presença da família na escola. “As atividades nas escolas durante os finais de semana e as inúmeras capacitações oferecidas aos professores, como a Rede do Saber e a Teia do Saber, contribuem para a melhoria do ensino, o que pode ser comprovado com a diminuição da evasão escolar. Dos 27 Estados brasileiros, avaliados por instituições externas, São Paulo foi o número “1” em itens de crescimento e redução da evasão”, comentou.
A Rodrigues Alves possui Ensino Fundamental e Médio, em três períodos, atendendo 2,4 mil alunos, com 104 funcionários e 80 professores. Conta com auditório, refeitório e 21 salas de aula, sala multimídia, biblioteca, sala de artes, laboratório, e sala de informática e ciência.
O secretário de Estado da Educação, professor Gabriel Chalita, falou sobre a nova trajetória da escola pública. “A educação não se faz apenas com prédios, mas com laços entre comunidade, família, funcionários alunos e educadores”. E acrescentou: “o Banco Real está fazendo um investimento humano, no sentido de envolver todas as partes na necessidade de preservar e cuidar do que é nosso”. Cuidar do patrimônio é conservar a identidade, ou seja, o que fomos, o que somos e o que seremos”.
Chalita ainda falou sobre a taxa de evasão da EE Rodrigues Alves, de apenas 0,4% em 2002/2003, e sobre o resultado do Saresp no Estado. “Apenas 1% das crianças de 1ª a 4ª série abandonam a escola, isso é um dado de primeiro mundo”, finalizou.
A aluna mais antiga da escola, Lâmia Bagadade, de 85 anos, também esteve no evento e confessou a vários convidados o orgulho por ter freqüentado uma escola onde inúmeras figuras ilustres também estudaram. “Estudei na Rodrigues Alves de 1927 a 1930 e para mim foi uma alegria muito grande ter feito parte dela. Os meus seis filhos também estudaram aqui e hoje ainda freqüento a escola como voluntária em algumas atividades”, comentou.
O presidente do Banco Real, Fabio Barbosa, disse que restaurar a EE Rodrigues Alves é como restaurar a cidadania e resgatar a auto-estima de cada cidadão, seja aluno, professor, funcionário ou aquele que passa ali por perto.
A secretária de Estado da Cultura, Claudia Costin, enfatizou que são parcerias como estas que resultam no avanço do Estado. “Um povo que não preserva o seu passado não constrói o seu futuro”, concluiu.
Paola Martins