São 16 cursos a distância, com mais de 20 mil vagas para educadores da rede estadual
Está aberto o período de pré-inscrições para educadores da rede estadual interessados em participar dos cursos de especialização oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação. Trata-se da segunda edição do programa Redefor, executado pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores do Estado de São Paulo, em parceria com as três universidades estaduais paulistas _ USP, Unicamp e Unesp. A iniciativa conta com investimento de R$ 109 milhões da Pasta.
São ofertados 16 cursos a distância, com 20.090 vagas para diretores, professores-coordenadores e docentes das escolas de Ensino Fundamental Ciclo II, Ensino Médio e EJA, além de dirigentes, supervisores de ensino e professores-coordenadores das oficinas pedagógicas. Os interessados devem fazer sua pré-inscrição até o dia 3 de julho, no site http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/ , por meio do link “Redefor 2011/2012”.
Podem se cadastrar educadores efetivos ou estáveis, de acordo com a base de dados de abril deste ano dp Departamento de Recursos Humanos, habilitados ou qualificados, que não tenham participado da primeira edição do programa (2010/2011) e não estejam inscritos no curso Gestão para o Sucesso Escolar (diretores), também oferecido pela Escola de Formação.
Após o período de pré-inscrições, será divulgada a lista de validação e classificação dos candidatos, que considerará o número de vagas disponíveis para cada curso, a ordem de pré-inscrição e as regras de classificação definidas para cada público, disponibilizadas no site do programa Redefor. O início dos cursos está programado para o dia 26 de setembro de 2011, com término previsto para novembro de 2012. Todas as atividades, presenciais e online, serão realizadas fora do horário de trabalho de cada cursista.
Os cursos oferecidos têm 360 horas de duração (entre 12 e 14 meses), das quais 40 horas de atividades presenciais e 320 horas a distância, e contemplam especialização em docência nas 13 disciplinas do currículo; especialização em Gestão da Escola; especialização em Gestão do Currículo; e especialização em Gestão da Rede Pública.
A Unicamp oferece os cursos de especialização em ensino de língua portuguesa, matemática, física, história e educação física. A Unesp, os de especialização em ensino de língua inglesa, filosofia, arte, química e geografia. A USP ministrará especializações em ciências, biologia, sociologia, além dos três cursos da área de gestão.
Todos os cursos têm como referência o currículo da Secretaria da Educação e os materiais de apoio à sua implantação. O objetivo é contribuir para a melhoria dos resultados de aprendizagem dos alunos da rede pública estadual. Nesse sentido, eles deverão propiciar aos profissionais da educação, essencialmente:
– A constituição de conhecimentos e competências pedagógicas e didáticas para domínio do currículo do Estado de São Paulo;
– A apropriação de uma cultura de desenvolvimento profissional como um processo coletivo, envolvendo a equipe escolar, com foco na sala de aula e na organização da escola;
– A constituição das competências necessárias para o trabalho de grupo produtivo, tais como interagir, expressar e ouvir pontos de vista, compartilhar ideias e buscar entendimento.
No total, 30.000 profissionais da rede pública do Estado terão acesso aos cursos do Redefor. Atualmente, estão sendo capacitados 9.910 educadores inscritos na primeira edição do programa.
Abaixo, o quadro com o número de vagas consolidadas por universidade:
Universidade Vagas
2010-2011 2011-2012 Total
UNICAMP 4.050 8.000 12.050
USP 4.060 8.140 12.200
UNESP 1.800 3.950 5.750
TOTAL 9.910 20.090 30.000
POLÍTICA EDUCACIONAL EFICAZ
A política educacional de São Paulo se estrutura em quatro eixos. O primeiro se refere aos padrões curriculares adotados para a rede de cinco mil escolas. Dois programas se destacam: o Ler e Escrever, que estabeleceu a figura do professor auxiliar nas salas de aula nas classes iniciais e todo um sistema para reforçar a alfabetização das crianças, com 1,8 milhão de livros distribuídos, entre outros materiais; e o São Paulo Faz Escola, com a definição de um novo currículo e a distribuição 192 milhões de cadernos e materiais para alunos e professores com os conteúdos das diversas matérias, além de programas de capacitação.
O segundo eixo é a implantação de avaliações e metas de qualidade, com a criação do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) e a definição de metas para cada escola, que passou a ter o desafio de melhorar em relação à sua própria realidade.
O terceiro eixo da política educacional de São Paulo trata do programa de incentivos aos professores. Foi criado o Bônus por Resultados, que paga até 2,9 salários às equipes escolares que superam as metas definidas para as suas escolas. É um programa expressivo de premiação por resultados que mobilizou os docentes para melhorarem o desempenho de seus alunos.
O quarto eixo reformou a carreira dos professores, estabelecendo nova forma de ingresso (com curso obrigatório oferecido pela Escola Paulista de Formação de Professores) e o Programa de Valorização pelo Mérito. Foram criadas provas de promoção que permitem anualmente, a um quinto dos professores, promoção salarial de 25% de acordo com a permanência na escola e o resultado das avaliações.
Outras ações pioneiras foram adotadas, como a mudança na legislação para reduzir as faltas de professores e a criação da Prova dos Temporários, que permitiu pela primeira vez selecionar para as salas de aula os melhores professores disponíveis. Também foi aberto concurso para a contratação de 10.000 professores.