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segunda-feira, 12/12/2022
Notícia

Jardim do Conhecimento, em Campinas, faz a ponte escola e sociedade

Estudantes, professores, equipes de gestão de 79 escolas estaduais fizeram da Praça Carlos Gomes uma grande sala de aula

Mesmo com a constante ameaça de chuva na manhã da quarta-feira, 7 de novembro, os alunos, professores, diretores e equipe de gestão das escolas estaduais da Diretoria de Ensino Campinas Leste, não se intimidaram e se empenharam no evento “Jardim do Conhecimento”. Ao todo, 79 unidades participaram da mostra que reuniu todo o conteúdo trabalhado em sala de aula no segundo semestre de 2022 e foi prestigiada por cerca de 4 mil visitantes.

O dirigente de ensino da Campinas Leste, Nivaldo Vicente, comemorou o sucesso da ação pelas alamedas da Praça Carlos Gomes, no Centro de Campinas, local escolhido propositalmente. “Aqui é um ícone da história de Campinas e aproxima a escola pública da sociedade. Os alunos, professores e servidores da educação se empenharam para trazer, além das produções pedagógicas, diversas apresentações artísticas”, disse.

O Jardim do Conhecimento foi dividido em três eixos temáticos: tecnologia/inovação, educação antirracista e itinerários formativos. “O objetivo da exposição em plena Praça Carlos Gomes é também uma maneira da escola ‘sair da sala de aula’. É oportunidade de despertar aos futuros alunos da rede pública o interesse pelo pela vida estudantil com ênfase no trabalho, cidadania e projeto de vida”, comentou Nivaldo Vicente.

Tecnologia

Entre os muitos destaques do dia estava o trabalho de robótica da Escola Estadual Adalberto Nascimento. O projeto elaborado por toda classe, cerca de 25 estudantes, tinha três alunos com a responsabilidade de apresentar o “Robôciclando”. Um carrinho programado para transporte de material reciclado por uma via previamente definida e confeccionado com material do mesmo tipo.

A missão em expor ficou a cargo dos estudantes Bruno Silva, Jasminy Souza Bonfim e Marya Eduarda Costa, que com desenvoltura explicaram como foi feito a programação e o circuito em que ele percorria com um sensor que identifica o trecho pintado de preto.

Emoções

Para quem assistiu à animação “Divertida Mente” (2015), teve um reforço de interpretação com os alunos da Escola Estadual Dom João Nery. Eles trouxeram as reações químicas que equilibram as emoções. Devidamente uniformizados com narizes e pinturas de palhaços, o grupo mostrou a produção da classe no estande.

Rodrigo de Paula Martines, Ana Luiza Foriano Matias, Miranda Leite da Silva e Geovana Fernandes Souza, usaram a linguagem do cinema mudo, com técnicas de pantomima e mímica e mostraram no palco, as emoções humanas dentro da unidade curricular de biologia, física, química, português e artes.

Galeria a céu aberto

Entre arte, tecnologia e linguagens, uma galeria a céu aberto chamava a atenção com a exposição de quadros com a replicação de grandes obras de pintores da história mundial. Os estudantes da Escola Estadual Cecília Pereira foram os modelos retratados com roupas e acessórios feitos de papel crepom, EVA entre outros materiais utilizados na pedagogia. E como resultado, 12 obras de arte estavam expostas para a sociedade admirar.

A sensibilidade, que preparou as obras, foi do artista plástico Sérgio Campelo, que no evento prestava também uma homenagem a sua noiva, Eneida dos Anjos, falecida em 2021. Ela era vice-diretora da escola e deixou um legado de amor a educação. “Uma de suas últimas produções na escola foi preparar os estudantes para que eu fotografasse e posteriormente trata-se as imagens para este efeito de pintura”, disse o artista emocionado.

A distopia in loco

Da Escola Estadual Vítor Meireles, 40 estudantes do segundo ano do Ensino Médio, apresentaram ‘Literatura em Evolução – Distopia’ de uma forma memorável: a produção de livros escritos em duplas, trios e, também, solo. As anfitriãs Júlia Bicalho, Marina Giungi e Maria Clara Gozi explicaram que o objetivo foi tratar a realidade proporcionada pela distopia, diferente da utopia, que induz um mundo perfeito que ainda não existe na prática.

Investigação

Os estudantes da Escola Estadual Orozimbo Maia escolheram trabalhar metodologia para a melhoria da qualidade de vida da comunidade escolar. A base partiu dos projetos de Estatística e Regressão Linear; Ressignificação a Integração; e Inclusão de Atividades Educativas. O desafio dos estudantes foi usar a base investigativa, como forma de propor soluções e resoluções de possíveis problemas que surgem no ambiente escolar.