Foi após perceber as dificuldades dos estudantes na resolução dos problemas de raciocínio lógico que os educadores da escola estadual Professor Victório Américo Fontana colocaram em prática o projeto “Jornada da Matemática”. Com ele, os alunos dos 4º e 5º anos participam de uma competição interclasses de matemática, dividida em duas fases: individual e em grupo. O objetivo é estimular o estudo de forma lúdica, de acordo com as necessidades específicas de cada turma.
É comum que os alunos e as alunas tenham um certo medo de exatas, sobretudo na disciplina de matemática. “Eu acredito ser uma cultura. Eles vêm com isso desde a primeira série, achando que é uma matéria difícil. E às vezes ele ainda nem tiveram a chance de conhecerem a disciplina. Então, a gente acaba fazendo um trabalho diferenciado para tentar mudar essa realidade”, conta a professora Rosangela Ramos.
“Eu não gostava muito de matemática, pois achava uma matéria péssima. E com a Jornada eu comecei a treinar mais e minhas notas mudaram bastante”, esclarece o estudante João Vitor da Silva, que está no 5º ano do Ensino Fundamental.
Trabalhando isoladamente, os alunos não compreendiam onde a matemática poderia ser utilizada fora da escola. E o projeto clareou o pensamento para que eles passassem a perceber que a matemática é utilizada no cotidiano, de diversas maneiras diferentes.
Cada dia é uma atividade diferente, para que os alunos vão se aperfeiçoando. Depois, a professora avalia e vê quantos pontos fez cada participante. O próximo passo é pegar os melhores e levar para a quadra, onde é feita uma competição. Ou seja, enquanto a matemática não é algo tão procurado espontaneamente, na competição os estudantes se dão ao máximo, pois ninguém gosta de ser o segundo colocado. E com a estratégia, o avanço pedagógico é visível.
“Minhas notas no começo do ano não eram aquela coisa. Eram boas, ganhava 8, 9… mas, teve um boletim que eu fiquei com três notas 10, e uma dessas matérias era a matemática”, explica a aluna Giulia dos Santos Pires.
É claro que se trata de uma competição, mas o objetivo principal é o desenvolvimento dos alunos. É uma maneira mais leve, diferenciada da tradicional, que faz com que os educandos aprendam mais.