Termina nesta quinta-feira (10), o período da campanha de vacinação contra o vírus HPV (papiloma vírus humano), causador do câncer de colo do útero. A imunização é oferecida para adolescentes de 11 a 13 anos. Ao todo, três doses são aplicadas. A segunda aplicação deve ser feita 6 meses depois da primeira e a terceira, 5 anos depois.
Aproximadamente cinco mil postos municipais de saúde, com horário de funcionamento das 8h às 17h, em todo o Estado de São Paulo, estarão abastecidos com as vacinas contra o HPV para a aplicação da primeira dose. A recomendação é que as adolescentes levem a carteirinha de vacinação.
A vacina tem eficácia muito maior nas meninas que ainda não foram expostas ao vírus, ou seja, que ainda não iniciaram sua vida sexual.
Segundo a Drª. Luisa Lina Villa, bióloga, diretora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia das Doenças do Papilomavírus Humano – HPV, “é importante que as adolescentes recebam a vacina contra HPV o mais precocemente possível, de preferência antes de se tornarem sexualmente ativas, ocasião em que a vacina é potencialmente mais eficaz.”
– Confira o manual com informações sobre o tema
Sobre o HPV
O HPV (papilomavírus humano) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão ocorre via relação sexual, mas também há contágio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto.
Inicialmente assintomática, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas e em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, estas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.
Na rede estadual paulista, estão matriculadas milhares de estudantes nessa faixa etária, que correspondem a 65% do público-alvo estipulado pelo governo federal no Estado.
“Considerando-se que a escola é importante espaço de prevenção e de convivência de cerca de 494 mil alunas entre 11 e 13 anos, na rede estadual de ensino, esta ação representa avanço na direção do alcance da saúde e de melhor qualidade de vida”, afirma Eleuza Guazzelli, da equipe Técnica de Ciências e Educação em Saúde da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica da Secretaria (CGEB).