As escolas estaduais de São Paulo já contam com quase três mil educadores capacitados para prevenir conflitos. Só neste ano, foram 642 professores mediadores formados, em uma ação coordenada pelo Sistema de Proteção Escolar (SPEC).
Um estudo realizado pela Educação, no qual foram ouvidos mais de 1,1 mil funcionários, das 2.445 unidades de ensino que contam com professores mediadores, aponta que o trabalho desses profissionais é aprovado por 90% dos servidores consultados.
O sucesso do programa, uma ação pioneira no País, motivou sua ampliação. Desde 2010, ano em que a iniciativa foi implantada na rede estadual paulista, a quantidade de professores mediadores mais do que dobrou no Estado, saindo de 1.156 para os atuais 2.859, o que representa um crescimento de 147%.
Formação
Nos treinamentos, os professores, que podem lecionar qualquer disciplina, passam por uma capacitação específica, realizada pela Educação em parceria com Ministério Público e mais instituições. O intuito dessas formações é possibilitar que os mediadores conheçam o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e aprendam técnicas de justiça restaurativa.
Com a medida, os professores mediadores desenvolvem a capacidade de elaborar ações contra situações geradas no ambiente escolar, como bullying, agressões e indisciplina. Eles são formados, também, para atenderem estudantes que passam por problemas pessoais e familiares.
“O professor mediador atua com questões pedagógicas e em várias frentes, inclusive na prevenção de conflitos. Ele faz um diagnóstico da escola onde trabalha, conhecendo as principais demandas dos estudantes, dos outros professores e dos diretores”, afirma o coordenador do Sistema de Proteção Escolar (SPEC), Felippe Angeli.
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