Para promover a qualidade de vida na comunidade escolar, a Secretaria da Educação iniciou um mapeamento para traçar o perfil nutricional de alunos da rede. Em 128 escolas, da capital e da Região Metropolitana do Estado, professores de educação física vão aferir o peso, altura e medir a circunferência abdominal de 13 mil estudantes.
Cerca de 500 educadores foram capacitados para atuar como multiplicadores de atividades que promovam hábitos saudáveis e que previnam doenças como diabetes, pressão alta e colesterol desregulado.
Na E.E. Expedicionário Brasileiro, zona norte da capital, 100 alunos serão avaliados. Parte dos estudantes participou da primeira pesagem e coleta de dados na terça-feira (17). A professora de educação física Alessandra Bevilacqua foi a responsável por coletar os dados.
Por meio do cálculo de índice de massa corpórea (IMC), Alessandra diagnostica se o aluno está acima do peso ou com características de obesidade. “Com os resultados em mãos, orientamos o aluno e família a acrescentar atividades físicas e incorporar alimentos saudáveis nas refeições”, diz a professora.
Com a implementação do projeto, Luiz Eduardo Thomaz Liberti, aluno do Ensino Fundamental, está motivado a mudar o estilo de vida. “Estou acima do peso, mas agora vou fazer uma dieta e vou comer bem”, planeja.
Etapas
Na primeira etapa das avaliações, serão computados os dados de sobrepeso e obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada. Após mapear os indicadores, serão feitas orientações individualizadas sobre os hábitos que favorecem a saúde.
Seis meses depois, a avaliação é repetida e, com os dados comparativos, a Secretaria da Educação e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), parceira no projeto, vão direcionar novas ações do programa e atestar se houve melhora dos índices. O resultado também permitirá conhecer o percentual de fatores de risco detectados nas crianças e nos adolescentes.
“Conforme as necessidades avaliadas no perfil, aprimoraremos, se necessário, o cardápio da merenda escolar e intensificaremos atividades de educação física. Alunos com sobrepeso e obesos serão encaminhados para as Unidades Básica de Sáude e os pais serão orientados”, explica Andreia Regina Ignacio dos Santos, diretora técnica do Centro de Supervisão e Controle do Programa de Alimentação Escolar (CEPAE).
