Como tornar uma matéria que é famosa por ser complicada e tirar o sono dos estudantes em algo simples, prático e divertido? Essa pergunta é feita por muita gente, e na diretoria de ensino de São Carlos ela virou projeto, destinado a professores, para desenvolver atividades lúdicas com foco nas habilidades em defasagens e como desenvolve-las de forma lúdica aos jovens.
O projeto começou no início do ano, em diversas escolas de São Carlos. Destinado a jovens dos 5º e 6ºanos, o primeiro passo foi formar os professores. Eles passaram por uma Orientação Técnica e ATPCs, antes das aulas, e aprenderam técnicas e metologias para melhorar o ensino.
“Passar o conteúdo da forma mais simples e encantadora é a pergunta de sempre aos professores. Por isso é fundamental usar o tempo do ATPC e da orientação técnica para desenvolver esse tipo de sensibilidade”, explica Sonia Maria Brancaglion, da equipe dos Grêmios Estudantis da Educação. Um dos focos nesse momento foi identificar a defasagem de cada estudante na matéria e melhorá-la com trabalhos específicos.
A próxima etapa do projeto foi a culminância das atividades, que aconteceu no Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino. O espaço se transformou num lugar democrático de aprendizagem, onde os estudantes puderam usar várias ferramentas para brincar com os números.
“Queríamos transformar esse dia num adensamento de aprendizagem matemática, onde é possível utilizar conceitos, resgatar de forma lúdica as habilidades aprendidas, promover a interação com o conhecimento e a autoconfiança do aluno”, cita a dirigente Débora Blanco. Chamado de “Clubinho da Matemática”, o momento foi o ponto alto da atividade para os professores e alunos.
Além da culminância, o projeto teve também uma espécie de mini-olimpíada. Durante uma semana, os estudantes, divididos em equipes por escola, competem entre si na resolução de problemas e cálculo mental. “Tivemos que fazer desafios, propor soluções a problemas complexos. Além da matemática, o mais legal foi trabalhar com os colegas”‘, explica um aluno participante do sexto ano.
A olimpíada, além de desenvolver habilidades de colaboração, tomada de decisão, análise e conclusões, também estimulou a construção do conhecimento matemático a partir da curiosidade e da persistência em resolver problemas. “Os desafios tinham tempo, e com o trabalho em equipe, os alunos tinham que colaborar entre si e persistir até achar a solução. É algo que está diretamente conectado ao tipo de habilidade socioemocional que queremos desenvolver neles”, explica o professor Rubens Neres.
O “Clubinho da Matemática” chegou em sua terceira edição em 2019, e para 2020, a ideia é continuar e expandir essa semana de matemática simples, fácil e descomplicada.