Na EE Olga Cury, em Santos, na Baixada Santista, todas as disciplinas ministradas estão associadas ao estudo do meio ambiente. O trabalho conta com a participação de doze classes, envolvendo cerca de 400 alunos. A escola desenvolve desde o início do ano, um projeto que vem promovendo não só a conscientização dos alunos, mas da comunidade, para a necessidade de preservar a natureza, evitando o acúmulo de lixo e de poluentes, além de cultivar novos terrenos localizados no município.
Tudo começou quando os alunos pesquisaram e leram temas como “Aquecimento Global”, “Efeito Estufa”, “Derretimento de Calotas Polares, entre outros. Na segunda etapa do projeto, visitaram os jardins da escola e os jardins da praia (o maior jardim de praia existente no mundo), para verificar como se desenvolvem trabalhos nesses locais.
Em seguida, os alunos levaram diversos textos para casa e colheram assinaturas de, no mínimo, 5 pessoas. Todos os alunos leram o texto e fizeram desenhos representando o mesmo. Mais tarde, os alunos foram convidados a fotografarem o jardim da escola. As fotos foram expostas e a partir delas foram levantados assuntos a serem estudados, com o intuito de se encontrar soluções para a Baixada Santista, caso ocorra a elevação dos mares, devido ao aquecimento global e ao derretimento das calotas polares.
A principal dificuldade encontrada pelos professores foi o fato de muitos alunos não terem em suas casas acesso a livros, revistas, TV paga ou internet.
Ao estimular a participação, o senso crítico e a capacidade de análise, através do envolvimento de toda a comunidade, o trabalho mostrou não só como a preservação dos jardins pode ajudar na qualidade de vida da cidade, aliada à necessidade do trabalho coletivo, mas a importância da escola como fonte de saber e de cooperação.
Para o professor de Física Paulo Sérgio Coimbra de Oliveira “o que se espera é que todos compreendam a necessidade de participar ativamente da solução dos problemas sociais. Começando por um espaço pequeno, o jardim da escola é como uma partícula que, mesmo sendo pouco vista, é um dos componentes fundamentais para a existência da vida em nosso planeta”.