O Instituto de Botânica (IBt) acaba de concluir a reforma do Museu Dr. João Barbosa Rodrigues. Com a revitalização, as instalações ganharam novos mobiliários e iluminação. Parte do material, como o piso de peroba rosa, foi reaproveitado. O local também recebeu serviços de limpeza, manutenção e pintura.
“O museu é um aparato didático e de divulgação científica do que a nossa instituição faz”, destaca o diretor geral do IBt, Luiz Mauro Barbosa.
O prédio possui salas temáticas, sendo que a primeira conta a história da botânica, a segunda traz ilustrações, a terceira abriga a história do IBt e do Jardim Botânico, a quarta é a guardiã das pesquisas e a última apresenta Unidades de Conservação.
“Com a reforma, foram incorporados elementos interativos na exposição para que o público conheça a história e entenda a importância das pesquisas de botânica e como elas estão presentes em nosso cotidiano”, destacou a pesquisadora científica do IBt e curadora da exposição, Tania Cerati.
Modernizada, a exposição permitirá ao visitante saber que a criação do Jardim Botânico de São Paulo e do Instituto de Botânica, que se destacam no cenário nacional da conservação e da pesquisa, é resultado do idealismo e da persistência de seu fundador, Frederico Carlos Hoehne. No percurso, conhecerá os trabalhos relevantes desenvolvidos pelos diferentes núcleos de pesquisa do instituto. E, por fim, viajará pelo Cerrado e Mata Atlântica, para conhecer um pouco da flora e da fauna desses dois biomas, que o trabalho dos cientistas ajuda a conservar.
De acordo com a pesquisadora, o grande desafio foi atualizar a exposição de forma interativa, mas mantendo o mobiliário original do Museu Botânico.
A reforma do prédio teve início em setembro de 2019 e durou 14 meses. O museu permanece fechado à visitação pública devido à pandemia da Covid-19. Os recursos foram executados por meio da Câmara de Compensação com investimento de R$ 1 milhão.
História
Inaugurado em 1942, o Museu Botânico manteve a exposição original até o início da década de 1990, quando recebeu uma apresentação de caráter didático, com plantas herborizadas, que enfatizava os biomas paulistas.
Em 2004, o Núcleo de Educação para Conservação tornou-se responsável pelo Museu Botânico. Desde então, promove exposições temporárias e implementa melhorias para atender o público em ações educativas. Em 2015, com a reformulação da exposição de longa duração, são inseridos elementos relativos à História da Botânica, à pesquisa institucional e às ações de conservação.