Nos últimos anos, as tecnologias se tornaram importantes instrumentos de aprendizagem. Com uma juventude ainda mais conectada, muitas escolas passaram a combinar o ensino com a inclusão digital. Essa é uma das iniciativas da E.E. Professor Astrogildo Silva, no bairro do Sacomã, na capital paulista.
Através do projeto “Aprendizagem e Inclusão Digital”, professores e alunos colocam em uso a sala de informática da unidade desde 2016. A proposta surgiu a partir do docente de História, Bruno Amaral, que viu a possibilidade de aprimorar o aprendizado através de ferramentas online. Bruno compartilhou então a ideia com seu colega de Matemática, Gustavo Orsati Rodrigues.
“A sala de informática não era muito utilizada. Não tinha realmente um plano para trabalhar com a molecada naquele local e soltar eles lá, como recreação, não daria certo. Por isso, pensamos em dar um sentido à sala”, fala Bruno.
Assim, a primeira medida dos professores foi trabalhar com os alunos o “Google Formulários” e incentivar o uso dos celulares para o aprendizado. O projeto foi amadurecendo e outros docentes aderiram a ideia com o intuito de criar um meio digital multidisciplinar.
Eles criaram uma página nas redes sociais para a Astrogildo. Em seguida, cada professor organizou um blog específico sobre cada matéria, onde os alunos pudessem ter acesso a materiais de apoio. A proposta deu tão certo que eles criaram o aplicativo “Astrogildo Online”, uma forma mais fácil de acessar os conteúdos dos docentes.
Foi então que os resultados começaram a aparecer. Além de melhorem o desempenho nas provas e trabalhos, os alunos aumentaram a nota da escola no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo).
“Eu acredito que a aprendizagem melhorou, pois pegamos como base os índices do Saresp”, comenta Gustavo Orsati. Segundo ele, o índice subiu de 1,66 para 3,20 em três anos de projeto.
Os docentes ainda explicam que a iniciativa não é pensada para o aluno ir bem no Saresp. Entretanto, com redes socias, blogs e aplicativo, os jovens puderam aprimorar os estudos através de uma linguagem muito mais acessível.
“A tecnologia está presente no nosso dia a dia, a gente não vive mais sem celular, sem computador e sem internet. Se a gente não se adequar, a aula vai ficar menos interessante”, reitera Gustavo.
O amigo, Bruno Amaral, também pensa que esse momento é de renovação. “O professor não pode se tornar obsoleto. Nós é quem temos que correr atrás disso, de ficar atualizado. Se tem um agente da sociedade que não pode ficar para trás é o professor”, finaliza.