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terça-feira, 20/11/2018
Foto divulgação
EJA - Educação de Jovens e Adultos

Na capital, projeto de inclusão digital aprimora aprendizado dos alunos

‘Aprendizagem e Inclusão Digital’, da E.E. Professor Astrogildo Silva, elevou a nota do Saresp da unidade

Nos últimos anos, as tecnologias se tornaram importantes instrumentos de aprendizagem. Com uma juventude ainda mais conectada, muitas escolas passaram a combinar o ensino com a inclusão digital. Essa é uma das iniciativas da E.E. Professor Astrogildo Silva, no bairro do Sacomã, na capital paulista.

Através do projeto “Aprendizagem e Inclusão Digital”, professores e alunos colocam em uso a sala de informática da unidade desde 2016. A proposta surgiu a partir do docente de História, Bruno Amaral, que viu a possibilidade de aprimorar o aprendizado através de ferramentas online. Bruno compartilhou então a ideia com seu colega de Matemática, Gustavo Orsati Rodrigues.

“A sala de informática não era muito utilizada. Não tinha realmente um plano para trabalhar com a molecada naquele local e soltar eles lá, como recreação, não daria certo. Por isso, pensamos em dar um sentido à sala”, fala Bruno.

Assim, a primeira medida dos professores foi trabalhar com os alunos o “Google Formulários” e incentivar o uso dos celulares para o aprendizado. O projeto foi amadurecendo e outros docentes aderiram a ideia com o intuito de criar um meio digital multidisciplinar.

Eles criaram uma página nas redes sociais para a Astrogildo. Em seguida, cada professor organizou um blog específico sobre cada matéria, onde os alunos pudessem ter acesso a materiais de apoio. A proposta deu tão certo que eles criaram o aplicativo “Astrogildo Online”, uma forma mais fácil de acessar os conteúdos dos docentes.

Foi então que os resultados começaram a aparecer. Além de melhorem o desempenho nas provas e trabalhos, os alunos aumentaram a nota da escola no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo).

“Eu acredito que a aprendizagem melhorou, pois pegamos como base os índices do Saresp”, comenta Gustavo Orsati. Segundo ele, o índice subiu de 1,66 para 3,20 em três anos de projeto.

Os docentes ainda explicam que a iniciativa não é pensada para o aluno ir bem no Saresp. Entretanto, com redes socias, blogs e aplicativo, os jovens puderam aprimorar os estudos através de uma linguagem muito mais acessível.

“A tecnologia está presente no nosso dia a dia, a gente não vive mais sem celular, sem computador e sem internet. Se a gente não se adequar, a aula vai ficar menos interessante”, reitera Gustavo.

O amigo, Bruno Amaral, também pensa que esse momento é de renovação. “O professor não pode se tornar obsoleto. Nós é quem temos que correr atrás disso, de ficar atualizado. Se tem um agente da sociedade que não pode ficar para trás é o professor”, finaliza.