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quinta-feira, 17/02/2011
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Na fase piloto, Programa SP Educação com Saúde reduziu em até 77% o número de faltas médicas de professores

Programa foi implantado em caráter experimental entre 2007 e 2008 em escolas da Diretoria de Ensino Centro Sul; Secretaria investiu R$ 27 milhões no Programa que vai funcionar em 13 […]

Programa foi implantado em caráter experimental entre 2007 e 2008 em escolas da Diretoria de Ensino Centro Sul;

Secretaria investiu R$ 27 milhões no Programa que vai funcionar em 13 diretorias de ensino e 1.058 escolas estaduais da Capital, beneficiando 65 mil servidores

O programa SP Educação com Saúde, lançado na última terça-feira (15/02) pela Secretaria de Estado da Educação, demonstrou grandes resultados já em sua fase piloto, em novembro de 2007, quando sete escolas na região da Diretoria de Ensino Centro Sul foram beneficiadas.

Resultado: as unidades participantes apresentaram redução significativa no número de faltas e licenças médicas solicitadas por professores. Na Escola Estadual Lasar Segal, na Vila Mariana, por exemplo, a diminuição chegou a 77%.

Todas as unidades receberam visitas e apoio de equipes de profissionais do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), que prestaram vários tipos de atendimento aos servidores.

“O projeto foi muito bem aceito pelos professores e demais funcionários. Além da redução do afastamento e faltas, percebemos melhora na autoestima e disposição de todos”, disse a dirigente de ensino da região Centro Sul, Maria Isabel Faria.

O atendimento foi estendido a funcionários da DE, como a chefe do departamento de finanças, Sueli Coelho de Lima. “Havia cerca de cinco anos eu sentia muitas dores nas costas e consegui resolver esse problema sem ter que ir até o hospital, aqui mesmo no trabalho.” Sueli foi avaliada por um fisioterapeuta e descobriu que a causa de suas dores era má postura. “Passo muito tempo sentada, digitando, e não prestava atenção à minha postura. O fisioterapeuta me ajudou a corrigir isso e hoje estou bem melhor”, concluiu.

Vera Lúcia Rodrigues de Oliveira tem 42 anos, é professora de matemática na rede estadual e sofre de diabetes, doença que várias vezes a fez se ausentar da sala de aula para tratamento. Em 2008, ela lecionava na Escola Estadual Maestro Fabiano Lozano, localizada na Vila Mariana, uma das sete unidades da Capital que fizeram parte do projeto piloto. Com o Programa, Vera e os outros funcionários da escola passaram a ter acompanhamento periódico de uma equipe médica no próprio local de trabalho.

“Na correria, às vezes, a gente não tem tempo de ir ao médico. Esse atendimento nas escolas foi muito importante. Fiz um tratamento mais preciso, com acompanhamento e orientação de especialistas, o que me ajudou muito no controle do diabetes”, explica a professora que leciona na Escola Estadual Profª Lygia de Azevedo Souza e Sá, na Vila Monte Alegre. Para ela, o acompanhamento da saúde do professor também é importante para diagnosticar problemas que os próprios docentes não sabem que têm. “Às vezes o professor está doente e não sabe. Só percebe quando a coisa se agrava”, afirma a docente.

SP Educação com Saúde

Com investimento de R$ 27 milhões, o programa SP Educação com Saúde foi idealizado para oferecer assistência médica preventiva aos servidores da Educação, no local de trabalho. Além de melhorar a qualidade de vida do profissional, a Secretaria pretende aprimorar a qualidade dos serviços prestados nas unidades escolares. O programa será executado pela CSSM, com suporte técnico do IAMSPE. Cada convênio terá validade de três anos. Inicialmente, será implantado nas 13 diretorias de ensino e 1.058 escolas estaduais da Capital, beneficiando 65 mil funcionários (entre professores, secretários de escola, agentes de serviço).

“Pesquisas na área da educação indicam que o rendimento dos alunos cai quando o professor tem de se ausentar da sala de aula durante um período. Com o programa, esperamos diminuir significativamente o número de licenças médicas na rede”, disse o Secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald.

Como vai funcionar?

Cada diretoria de ensino terá uma equipe formada por um médico, dois enfermeiros, um nutricionista, um psicólogo, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo e uma assistente social. As equipes atenderão aos funcionários nas diretorias de ensino e também farão visitas periódicas às escolas.

O foco do será a prevenção, mas também será oferecido suporte para funcionários que apresentem algum problema de saúde. Neste caso, eles serão encaminhados para tratamento de acordo com a especialidade médica. Com o programa, espera-se reduzir a incidência de problemas como estresse ocupacional, doenças osteomusculares, sobrepeso/obesidade, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, hipertensão, diabetes, transtornos mentais e tabagismo. A primeira fase, de apresentação às diretorias de ensino e organização do processo de trabalho, já está em andamento e deve ser concluída em dois meses. A partir do início da segunda fase do programa está previsto o atendimento das equipes nas diretorias de ensino. As visitas às escolas acontecerão a partir da terceira fase, marcadas para começar no segundo semestre deste ano.