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sexta-feira, 25/06/2004
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Nascido em Piracicaba, quimball quer ganhar o mundo

Uma das maiores expectativas do Brasil para as Olimpíadas de 2008 é à entrada do Quimball como uma das modalidades a serem disputadas por atletas de todo o mundo. O […]

Uma das maiores expectativas do Brasil para as Olimpíadas de 2008 é à entrada do Quimball como uma das modalidades a serem disputadas por atletas de todo o mundo. O jogo, que pode ser reconhecido na principal competição esportiva mundial e que muita gente nunca ouviu falar, já é famoso em Piracicaba. Foi lá que nasceu o esporte pelas mãos de Joaquim Bueno de Camargo, um entusiasta dos esportes. A cidade aplaudiu a invenção e tem se mobilizado pela divulgação da modalidade.

A Diretoria de Ensino de Piracicaba está na vanguarda desse movimento. Com o apoio voluntário de Sueli Frutuosa, assessoria de Camargo e árbitra de futebol, a DE ofereceu o primeiro curso de Quimball para professores de Educação Física. Enquanto preparam a formação de novas turmas no segundo semestre, os 55 docentes já capacitados não perderam tempo e inseriram a modalidade na grade curricular.

O jogo

O Quimball, ou Jogo do Quim, apelido do inventor, é jogado por dois times de quatro competidores numa quadra de vôlei, com rede especial. Ao invés das mãos, são usadas raquetes e a bola é semelhante às de tênis. Na versão infantil, a rede é rebaixada para ajudar a criançada. Regras e pontuação também seguem uma mistura de vôlei com tênis.

Aos 75 anos, Camargo (foto ao lado) conta que desenvolveu o Quimball ainda em sua juventude. Para popularizar o esporte, ele resolveu simplificá-lo com a adoção de regras mais familiares ao público brasileiro, que lembram fundamentos do vôlei, do basquete, do tênis de campo e até do futebol. Quim acredita que o sucesso do jogo se deve ao fato de não ser exigido do atleta o uso de força física, e sim boa coordenação motora, raciocínio rápido, disposição e boa comunicação.

Correndo o mundo

Um fato interessante é que este esporte já é praticado na Universidad Camagüey, em Cuba, sob a coordenação do professor Henrique de Laosa, do Departamento de Cultura Física da referida universidade. A modalidade esportiva chegou à ilha pelas mãos de Wagner Weil Moreira, professor da Universidade Metodista de Piracicaba, durante o I Simpósio Científico Cultural em Educación Física y Deportes, Brasil-Cuba, em 2001. “A Unimep tem o compromisso de divulgar a modalidade. Assim que surgirem equipes mais competitivas, temos a intenção de levar esses atletas para o laboratório da Faculdade para fazermos uma avaliação fisiológica, aeróbia. Um tratamento mais científico do esporte”, explica Moreira.

A modalidade parece ter agradado os cubanos. Recentemente, o professor De Laosa solicitou mais informações a respeito da atividade para introduzí-la nas atividades físicas dos universitários da Universidad Camagüey.

Piracicaba deu o saque inicial, Cuba entrou no jogo. Agora é hora de mostrar ao resto do mundo como se faz o Quimball. Para isso, Sueli comanda um time que pretende levar a modalidade para as Olimpíadas. O processo ainda é muito incipiente, mas a julgar pelo envolvimento das crianças nas escolas estaduais de Piracicaba, o jogo promete emplacar nas quadras do mundo inteiro.

Ellen Alaver