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segunda-feira, 27/08/2012
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Especialista dá dicas a professores de alunos com deficiência múltipla ou surdocegueira

Shirley Maia, diretora da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (Ahimsa), esteve no primeiro encontro do Fórum Regional de Surdocegueira e Deficiência Múltipla, no dia 23  Como educar uma criança ou […]

Shirley Maia, diretora da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (Ahimsa), esteve no primeiro encontro do Fórum Regional de Surdocegueira e Deficiência Múltipla, no dia 23

 20120823im3r_forum_surdocegueira_michida_1890_01Como educar uma criança ou adolescente surdocego ou com deficiência múltipla? Essa dúvida esteve presente no I Fórum Regional de Surdocegueira e Deficiência Múltipla, realizado pelo Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado e que percorrerá dez regiões do Estado até dia 25 de outubro.

Essas e outras dúvidas dos educadores foram respondidas por especialistas e por pessoas que convivem com essas deficiências. Entre elas, está a pedagoga e diretora da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (Ahimsa), Shirley Maia. Durante sua apresentação, Shirley falou sobre as necessidades educacionais desses estudantes e deu dicas sobre como lidar com essas questões. Confira algumas delas:

Experimentação

A pedagoga explica que é necessário incentivar a autonomia desses alunos. Uma forma de fazer isso é permitir que eles experimentem mais durante as atividades. “O professor não deve entregar nada pronto para esse aluno. Eles precisam experimentar e fazer as tarefas sozinhos, pois é dessa forma que eles irão aprender”, afirma.

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Percepção do aluno

Um dos pontos destacados por Shirley é a necessidade de respeitar o tempo de aprendizagem de cada criança. De acordo com ela, a forma como esses alunos respondem às atividades pode variar muito de caso para caso. “É preciso respeitar a individualidade e dar o tempo necessário para que cada criança aprenda”, explica.

Aproximação

A especialista afirma que existem formas para permitir que os alunos surdocegos ou com deficiências múltiplas conheçam a pessoa que se aproxima. A dica é não ser invasiva e usar suas características para facilitar o reconhecimento. “No meu caso, por exemplo, eu sempre utilizo o mesmo perfume, que passo nos pulsos, e já se tornou marcante para eles”, conta.

Ainda segundo a pedagoga, é necessário que o professor que trabalha com esses alunos tenha facilidade para a aproximação tátil.

20120514_escola_alunos_braille_rlasci_03_285Formas diferentes de aprender

Shirley explica que, para os alunos surdocegos ou com deficiências múltiplas, existem formas diferentes de aprender e de se comunicar. “Eles irão aprendem muito com o tato, com o olfato e, para aqueles que ainda têm um pouco da visão, com o resíduo visual”. De acordo com a especialista, o professor deve observar qual o meio de comunicação ao qual a criança se adapta melhor para utilizá-lo em seu aprendizado.

Trabalho com a família

O contato entre professor e família é fundamental, ressalta Shirley. O trabalho conjunto pode auxiliar o aprendizado da criança e, também, pode orientar os pais no contato com seus filhos.