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domingo, 19/04/2020
Coronavírus

Fatec Itapetininga cria mapa que mostra evolução da pandemia

Em parceria com a Prefeitura, faculdade desenvolveu ferramenta digital e interativa que indica locais onde há mais casos suspeitos

A Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Prof. Antônio Belizandro Barbosa Rezende, de Itapetininga, em parceria com a prefeitura da cidade, desenvolveu um mapa digital das ruas e bairros do município, com informações sobre as áreas mais afetadas pela pandemia.

Com poucos casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus até o momento, a Vigilância Epidemiológica Municipal agiu rápido e, de forma preventiva, solicitou à Fatec o desenvolvimento de uma ferramenta para monitorar as áreas. Desenvolvida em duas semanas, a plataforma foi batizada de COVIDMAP19 e começou a ser usada no dia 7 de abril.

O professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Jefferson Biajone e o tecnólogo Tibério Santos receberam o pedido da Vigilância e em poucos dias apresentaram um sistema em HTML capaz de monitorar a evolução da Covid-19 na cidade.

A tela reúne informações sobre os casos de pacientes suspeitos, confirmados, recuperados, óbitos e o número de testes aplicados, segundo a localização de cada residência.

 “O COVIDMAP19 é uma ferramenta estratégica para a prefeitura trabalhar de forma preventiva e integrada com outros órgãos públicos. Com ele, a Vigilância pode visualizar as regiões mais vulneráveis e estabelece diretrizes e prioridades no atendimento”, explica Biajone.

A prefeita de Itapetininga, Simone Marquetto, ressalta a necessidade da sociedade civil, iniciativa privada e poder público trabalharem em parceria no enfrentamento da crise.

“O apoio da Fatec foi fundamental para o acompanhamento das informações sobre a Covid-19 em nosso município porque os trabalhos de prevenção, combate e monitoramento são contínuos. Agradecemos à direção da faculdade e à equipe que desenvolveu o COVIDMAP19.”

Maioria dos casos suspeitos é formada por mulheres e idosos

Os funcionários da saúde que estão na linha de frente do atendimento lançam dados dos pacientes, como idade, sexo, profissão e endereço, e as coordenadas geográficas numa planilha digital. Essas informações ficam disponíveis para visualização no COVIDMAP19, sinalizando os casos suspeitos, confirmados e descartados e formando um mapa de calor que aponta os locais mais críticos.

Com a ferramenta, os profissionais identificam em tempo real quais são os locais com maior risco de infecção para poderem agir. Desde que o mapa entrou em funcionamento, na primeira semana de abril, os dados apontaram que a maioria dos casos suspeitos eram mulheres e a faixa etária mais comum estava entre 61 e 94 anos.

Com os dados em mãos, os gestores da Vigilância acionam outros órgãos que enviam carretas móveis para intensificar as ações de esclarecimento sobre os riscos do contágio e as mensagens de prevenção e cuidados com a higiene.

COVIDMAP19 disponibiliza ainda informações sobre o percurso feito pelo paciente com suspeita da doença e o rastreamento da sua rede de contatos para detecção de novos possíveis casos.