O olhar tímido dos alunos ao entrar pela primeira vez na E.E. Alvez Cruz, na capital paulista, deixam no ar a expectativa de cerca de 160 novos estudantes da unidade. Mas bastam apenas alguns minutos para os olhares acanhados se transformarem.
Curiosos, empolgados e esperançosos. São as sensações que mais de 15 mil estudantes do novo modelo de Escola de Tempo Integral parecem compartilhar. “Tenho grandes expectativas e já no primeiro dia de aula me surpreendi com a recepção”, conta Beatriz Ribeiro Dias, de 15 anos, .
No primeiro dia de aula, ao invés de professores em frente ao quadro, os próprios alunos veteranos das 16 escolas onde o modelo foi aplicado em 2012, acolhem, explicam as bases do programa e apresentam as equipes de direção, de professores, funcionários da escola e as instalações do prédio. Uma conversa de aluno para aluno.
“Quero passar para os estudantes novos o que eu vivi no ano passado. Tenho muitas experiências boas e espero que o programa mude a vida deles como mudou a minha”, afirma a veterana Amanda Brito.
Em 2012, o novo modelo de Escola de Tempo Integral alcançou cerca de 4 mil alunos. Este ano, o programa foi ampliado para mais 53 unidades. Ao todo, são 69 escolas para cerca de 20 mil estudantes.
O modelo também passou a atingir o Ensino Fundamental, em 2013. A ideia do programa é garantir melhores condições de conclusão da educação básica, com ganhos significativos em termos de rendimento e desempenho escolar.
