Somente em 2013, as escolas estaduais de São Paulo receberam 7,1 mil novos alunos nascidos em outros países, imigrantes de 90 nacionalidades diferentes. O levantamento sobre a presença de estudantes estrangeiros na rede foi realizado a pedido do Núcleo de Inclusão Educacional, novo órgão da Secretaria da Educação, criado para definir diretrizes para a recepção destes alunos.
Durante o mês de agosto e início de setembro, profissionais do Núcleo, supervisores e professores realizaram encontros regionais com representantes das 91 diretorias regionais de ensino de todo o Estado para avaliar o avanço das políticas de educação para as relações étnico-raciais.
Os dados do primeiro censo de alunos de outros países apontam que bolivianos representam a ampla maioria entre os alunos das escolas estaduais, sendo 58% do total, seguidos por japoneses, que são 14% dos imigrantes presentes na rede. Os registros mostram ainda que Paraguai, Peru, Portugal, Argentina, Angola, Estados Unidos, Colômbia e China estão entre as dez nações líderes em alunos. Veja aqui a lista completa.
Atualmente, todas as escolas da rede são orientadas a criar seu próprio programa de inclusão e adaptação dos alunos imigrantes, de acordo com a demanda recebida.
A proposta da Educação com a medida, de acordo com Maria Elizabete da Costa, coordenadora de Gestão de Educação Básica (CGEB), é aprimorar as orientações para subsidiar os professores, diretores e supervisores na recepção e adaptação dos alunos. “O novo Núcleo já definiu as diretrizes pedagógicas para a educação indígena e quilombola e agora o trabalho foi iniciado com os alunos estrangeiros. Uma das principais colaborações será justamente o intercâmbio de experiência entre as nossas unidades de ensino, que já realizam atividades inclusivas”, afirma Maria Elizabete.