Na E.E. José Altenfelder da Silva, na Vila dos Remédios, o incentivo para que os alunos consumissem frutas e verduras deu certo e mudou os hábitos alimentares dos estudantes
Arroz, feijão, carne, frutas e verduras. Ingredientes fundamentais para um cardápio balanceado não poderiam faltar no cardápio da merenda das escolas estaduais. Esses e outros alimentos são comprados, testados e enviados para as escolas da rede pelo Departamento de Suprimento Escolar (DSE), órgão da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
De acordo com Vanessa Vieira, nutricionista do DSE, uma equipe acompanha de perto a qualidade dos alimentos que compõe o almoço dos estudantes. “Antes de concluir a compra de um produto, a equipe de nutricionistas do DSE realiza testes de qualidade e degustação”, afirma. Em uma segunda etapa, o produto também é submetido à aprovação dos alunos. “Nós levamos os alimentos para as escolas, para a degustação dos estudantes. Se esse produto não for aprovado por eles, não será comprado”, explica.
A nutricionista conta, porém, que um dos fatores principais para que a refeição agrade a todos é o empenho das preparadoras de merenda. “A aceitação da merenda é muito boa, mas depende também do carinho e da forma de preparo. Nós realizamos capacitações com as preparadoras e orientamos que elas realmente façam com carinho e amor, que coloquem temperos naturais para realçar o sabor do alimento”, explica.
Na Escola Estadual Professor José Altenfelder da Silva, na Vila dos Remédios, o cardápio enriquecido com verduras e legumes, e o tempero da merendeira da unidade, Nadir Alves de Oliveira, conquistaram os cerca de 800 alunos de 1º a 4º série. “Eu percebo que estou fazendo algo que eles gostam e eles percebem que eu trabalho com dedicação”, conta Nadir.
No vídeo abaixo, conheça os estudantes da E.E. José Altenfelder da Silva e saiba como é definido o cardápio das escolas da rede estadual de São Paulo:
Dois sistemas
Atualmente, existem dois sistemas que definem a logística do fornecimento de merenda. No sistema centralizado, no qual são atendidos cerca de 1,2 milhões de alunos, a Pasta realiza a compra de alimentos, por meio de licitações, e distribui para as escolas da rede.
No outro modelo, conhecido como sistema descentralizado, a Secretaria realiza o repasse de verba para as prefeituras, que firmam um convênio para coordenar, também, a merenda das escolas estaduais daquela cidade. Além do repasse da verba enviada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Pasta manda para os municípios uma verba adicional. O Estado de São Paulo é único do País a enviar recursos complementares nesse tipo de convênio.
