Alunos transformam o laboratório de Química em empresa, criam novos aromas e viram empreendedores. O projeto Pequeno Empreendedor aplicado na Escola Estadual Profª.Maria Aparecida Rodrigues, em Guarulhos, mobiliza alunos para a criação de produtos cosméticos.
Misturas, concentração, dissolução e reações químicas, são alguns itens do aprendizado. As aulas práticas fornecem conhecimento na área cosmética com a viabilização de uma futura fabricação de produtos artesanais como perfumes, colônias, cremes diversos, xampu, condicionadores, entre outros.
“Além de ampliar o interesse pela Química e aprofundar os estudos, a proposta também proporciona a oportunidade de gerar renda fora do ambiente escolar”, concluiu o professor de Química e coordenador do projeto, Ricardo Piassentini Filho.
Com oito aulas práticas, a equipe de pequenos empreendedores formada por alunos do 3º ano do ensino médio noturno, aprende tudo sobre perfumes, extratos e fragrâncias. Porém, antes de entrar no laboratório, os alunos precisam utilizar as dez regras básicas da segurança no ambiente de produção, que passa pelos cuidados de higiene dentro do laboratório, o manuseio de cada material e até o silêncio para a concentração no trabalho.
O processo não é tão simples quanto aparenta – os alunos fazem cálculos quantitativos mostrando como produzir a quantidade desejada de cada produto; recebem orientações para a leitura e interpretação de fórmulas; aprendem sobre as técnicas de misturas e fabricação de diversos produtos cosméticos, sem esquecer os processos de envasamento e embalagem, além dos cálculos de custos e lucro.
Após todas as orientações cada um dos alunos fabrica seu primeiro perfume, o qual já com a essência escolhida previamente, é dividido em dois frascos – um deles pode ser trocado com outro aluno para garantir a variedade dos perfumes.
Diversos materiais como proveta, tudo de ensaio, funil, pipeta graduada, bagueta para mistura, béquer, são usados nas aulas, além do material para a fabricação do produto como vidros; etiquetas; folhas para os cálculos; álcool de cereais; essência; fixador, água destilada, entre outros.
A avaliação do projeto na última semana de novembro analisou o raciocínio usado para os cálculos quantitativos, entrosamento, comportamento na manipulação da vidraria, a forma de utilização dos produtos para confecção dos perfumes, a postura perante as regras e a disciplina geral.
O projeto fez tanto sucesso na escola que será ampliado, em 2005, como atividade no programa Escola da Família nos finais de semana.
Luciane Salles