Sexta-feira, 19h. Faz frio na E.E. Ítalo Betarello, localizada perto do pico do Jaraguá, na cidade de São Paulo. Mesmo assim, os alunos chegam animados e se direcionam para a sala de aula. E, ao invés da tradicional lousa, os jovens se deparam com pincéis, sessão de cinema e experiências laboratoriais. Tudo para deixar as sextas-feiras mais atraentes para os estudantes.
“Toda sexta-feira eu fico olhando no relógio esperando chegar logo o horário da aula para participar do projeto. Espero a semana inteira pela sexta”, conta o aluno da 3ª série do Ensino Médio, Arthur Brambilla Ortiz Rivera.
Para estimular a frequência às sextas-feiras à noite, a escola desenvolveu dez projetos práticos, vinculados às disciplinas. Em Matemática, por exemplo, os alunos estão construindo a maquete da escola. Em Química, os jovens colocam a mão na massa e aprendem a produzir sabonete líquido. Em Física, os estudantes se divertem com a construção de um foguete de garrafa pet.
Também tem espaço de sobra para a criatividade. Com tintas e muita imaginação, os alunos expressam seus sentimentos na tela utilizando técnicas de pintura aprendidas na aula de Arte. E para treinar o Inglês, os estudantes soltam as vozes no coral, um dos grupos mais procurados do projeto.
É dessa forma que a direção de unidade consegue atrair mais de 300 alunos todas as noites. “O aluno precisa sentir que faz parte da escola e para isso deve estar inserido nas atividades da unidade. Hoje, a presença dos jovens aumentou e o desempenho de muitos melhorou. Vamos além da teoria. Eles vivenciam a prática”, revela o diretor da unidade, Ariovaldo Guinther.