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quarta-feira, 18/02/2015
Pais e Alunos

Pesquisa da Educação aponta que meninas são maioria entre alunos inventores da rede

Segundo os dados, 52% dos finalistas de projeto científico são do público feminino

Segundo o levantamento do Centro de Educação do Ensino Médio e Profissional da Secretaria da Educação do Estado, o futuro da produção científica terá ampla participação feminina. Dos 48 estudantes da rede pública estadual selecionados como finalistas do concurso científico promovido pela Educação, 25 são meninas, número que corresponde a 52% dos participantes.

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No total, foram 20 projetos finalistas. Entre os seis primeiros colocados, há participação de quatro meninas. Um dos destaques é a dupla Karoline Azevedo Ferreira e Mariane Augusto Gonçalves Guidetti, de Araçatuba. Elas encontraram nas rizobactérias uma forma de recuperar e fortificar os solos devastados pelo plantio de cana de açúcar. A ideia deu certo e o experimento agora será ofertado aos agricultores da região. “Meu avô perdeu a plantação de tomate dele por ter alugado o terreno para o plantio da cana. Foi por isso que trabalhei com esta proposta. Fiquei bem emocionada quando a primeira muda de tomate nasceu”, afirma Karoline, 16 anos.

Desenvolvidos pelos inventores da rede, os projetos foram escolhidos por serem inovadores, agregarem melhorias às comunidades em que as escolas estão inseridas e seguirem todos os trâmites exigidos nos congressos científicos internacionais. Todas as invenções foram criadas por alunos entre 14 e 16 anos em 2014 e devem ser aperfeiçoadas ao longo de 2015 para participarem de feiras nacionais e fora do Brasil, como Mostra Paulista de Ciências e Engenharia, Mostratec (Feira de Ciências e Tecnologia de Novo Hamburgo) e Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) e a Genius Olympiad, em Nova York.

“A proposta do nosso concurso é mostrar que o conhecimento repassado nas escolas pode ser revertido no cotidiano, além de incentivar o empreendedorismo juvenil. Constatar que as meninas estão tão presentes no desenvolvimento dos projetos como os meninos nos mostra que as unidades de ensino, já no Ensino Fundamental e Ensino Médio, podem contribuir para quebrar paradigmas e promover a igualdade dos gêneros”, afirma Valéria Souza, idealizadora da Feira Científica da rede estadual.

Além do projeto de Araçatuba, os cientistas mirins da rede estadual também criaram soluções inovadoras como de plantas no combate a dengue e até a introdução da proteína de insetos na alimentação humana, além de escolas sustentáveis.