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sexta-feira, 19/05/2006
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Prédio histórico de Escola Estadual da Capital terá obras de restauro entregues neste domingo

Projeto integra o “Programa de Educação Patrimonial”, que trabalha pela importância da conservação do patrimônio histórico O domingo, dia 21, será de glória para um dos mais belos imóveis da […]

Projeto integra o “Programa de Educação Patrimonial”, que trabalha pela importância da conservação do patrimônio histórico

O domingo, dia 21, será de glória para um dos mais belos imóveis da Paulista: a Escola Estadual Rodrigues Alves, localizada no número 227 da avenida mais famosa do País. É quando será apresentado o resultado do projeto de restauração patrocinado pelo Banco Real.

A solenidade será realizada às 10 horas, no prédio da escola, e terá a presença da secretária de Estado da Educação, Maria Lucia Vasconcelos, além dos patrocinadores e parceiros do projeto, e da comunidade.

O projeto contemplou a restauração geral do prédio – tombado pelo Condephaat há 21 anos – em três fases. A obra foi realizada por meio das Leis de Incentivo Fiscais Municipal e Federal, sem ônus para o Estado. Um painel exposto na escola vai ilustrar todo o processo de restauração. A Rodrigues Alves está entre as 150 escolas tombadas pelo Estado. Outras 30 estão em processo de tombamento.

Pintura com sotaque italiano

Em meio ao verdadeiro canteiro de obras em que se transformou a unidade escolar, um detalhe digno de grandes estrelas: como no Brasil não havia nenhuma empresa que fabricasse a tinta com a mesma textura e o mesmo brilho da época em que o prédio foi construído, a tinta precisou ser importada de uma fábrica na Itália.

O passo a passo do restauro

A primeira fase, iniciada em julho de 2003 e concluída em junho de 2004, incluiu o restauro das fachadas, impermeabilização, recuperação dos gradis e da cobertura, tratamento paisagístico e recuperação das esquadrias. Foi feito ainda um trabalho de conscientização sobre a importância histórica e cultural do bem tombado, junto a professores, alunos, funcionários e pais.

Já a segunda fase, iniciada em maio e concluída em setembro do ano passado, cuidou da proteção contra os cupins, e da reforma das instalações elétricas e hidráulicas, telefonia, iluminação e segurança. Novamente, a educação patrimonial esteve em pauta por meio de uma oficina de restauração em madeira para os alunos da escola.

Na terceira fase, iniciada em julho do ano passado, o trabalho continuou com o restauro dos pisos e forros, restauração dos revestimentos internos e da pintura interna, iluminação, complementação e adequação das instalações prediais, construção de novos sanitários, incluindo os de portadores de necessidades especiais; elevador, readequação das áreas externas do prédio com tratamento paisagístico e pisos, e nova cobertura de interligação entre as duas edificações

Investimentos

Para a restauração da escola, o Banco Real investiu R$ 3,5 milhões. A obra gerou 167 empregos diretos e temporários e 58 serviços especializados. O projeto contemplou o “Programa de Educação Patrimonial”, que visa à conscientização da comunidade escolar sobre a importância da conservação do patrimônio histórico.

Parceria

A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligada à Secretaria de Estado da Educação, prestou apoio técnico nas áreas de projeto e obra; A Formarte – Projeto, Produção e Assessoria Ltda fez a captação de recursos por meio das leis de incentivos fiscais; e a Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia cuidou da execução do restauro. Tudo com o patrocínio do Banco Real.

História

A Rodrigues Alves é a única escola pública na Avenida Paulista. Foi criada em 1909 como Grupo Escolar da Avenida Paulista, quando o Estado era governado por Manoel Joaquim de Albuquerque Lins. Inicialmente, estava instalada num palacete alugado pelo governo, na esquina da Paulista com a Rua Pamplona. O atual prédio foi inaugurado em 7 de setembro de 1919, mas as atividades educacionais no prédio já tinham começado em 1º de janeiro do mesmo ano. O nome foi uma homenagem a Rodrigues Alves, presidente do Brasil entre 1902 e 1906, que havia falecido no início daquele ano.

Em 1932, o estabelecimento fechou as portas para proteger as crianças e abrigar os revolucionários da Revolução Paulista. Em 1979, foi inaugurado um prédio anexo, com três andares e uma quadra sobre o pátio, que atende com mais conforto e segurança os alunos portadores de necessidades especiais.

Hoje em dia

Atualmente estão em funcionamento todas as séries do ensino fundamental e o curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no período noturno. Em 1992, para atender a demanda escolar da região, foram abertas duas classes de alfabetização de adultos, mantidas até 1996. Desde o início dos anos 90 a Rodrigues Alves vem formando cerca de 500 alunos por ano.

Estudam hoje na unidade 2.185 alunos distribuídos em 55 classes. Com 72 professores, a escola dirigida por Ivete Mitiko Sunamoto conta com laboratórios de Informática, Ciência e outros, além de sala de leitura, videoteca e sala de TV e Vídeo.

Serviço

Data: 21 de maio

Horário: 10 horas

Local: Escola Estadual Rodrigues Alves – Avenida Paulista nº 227