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terça-feira, 07/12/2004
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Prêmio ‘Escrevendo o Futuro’ reúne mais de mil pessoas no Memorial da América Latina

Aluna da rede estadual de São Paulo foi a vencedora nacional na categoria ‘memória’ Memorial da América Latina recebeu, na noite do dia 6, mais de mil pessoas para a […]

Aluna da rede estadual de São Paulo foi a vencedora nacional na categoria ‘memória’

Memorial da América Latina recebeu, na noite do dia 6, mais de mil pessoas para a entrega do prêmio “Escrevendo o Futuro”, destinado a 21 alunos, de 9 a 12 anos, selecionados de escolas públicas de todo o país. O evento, apresentado por Serginho Groisman, contou com a presença do Secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, do presidente da Fundação Itaú Cultural, Roberto Setúbal, Milú Vilela, do Instituto Faça Parte e muitas outras personalidades.

O prêmio é uma realização da Fundação Itaú Social em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Canal Futura, MEC, Conselho Nacional dos Secretários Estaduais da Educação (Consed) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

A cerimônia foi dirigida aos finalistas que participaram do concurso de redação com o tema “O lugar onde vivo”, abordado em três gêneros: poesia, textos de opinião e de memória. Na categoria poesia o aluno da 4 a série, Euler Júnior Machado, EM José Henrique Avelar, cidade de Santo Antonia do Amparo (MG), foi o vencedor. O melhor texto de opinião ficou para a aluna Giselle Santos de Paula, da EM Alice Tibiriçá (RJ). A Aluna Tairini Silva Ribeiro, 4 a série, da EE Professora Joanita Bianchi Bonsegno Carvalho, cidade de São João de Irace (SP), foi classificada pelo melhor texto de memória do país. O melhor texto da noite, dentre os três vencedores nacionais, ficou para a aluna do Rio de Janeiro, Giselle Santos de Paula.

Para o secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, os países que mais cresceram nos últimos anos não foram aqueles que tiveram o maior desenvolvimento econômico, mas sim, os que investiram na ‘formação de seres humanos melhores’. “Este é o objetivo do prêmio, que nasceu sob uma grande proposta pedagógica”. O secretário parabenizou a iniciativa do Itaú em ajudar as crianças a escrever as histórias por meio de suas identidades, além de não ter deixado de lembrar do professor. “Professor é tudo, sem ele não existe educação”.

Os estudantes vencedores receberão bolsas de estudos para o ensino superior e os seus professores ganharão bolsas para o custeio de cursos extracurriculares, além de verbas para a aquisição de livros. As escolas irão receber apoio para a criação ou ampliação de bibliotecas e laboratórios. O Escrevendo o Futuro distribuiu um total de R$ 440 mil em prêmios para estudantes, professores e suas escolas.

Os três vencedores nacionais das respectivas categorias foram escolhidos por uma comissão julgadora formada por representantes ilustres como Arnaldo Niskier, presidente de honra do Júri da Academia Brasileira de Letras, José Carlos Moraes de Abreu, representante da Itausa, Mônica Dias Pinto, do Canal Futura, entre outros.

O final do evento foi marcado pela leitura do texto da aluna Giselle pela escritora Zélia gattai, em vídeo. O texto emocionou a todos quando citou a contradição entre a violência do Jardim Carioca, ocasionada pelas drogas e desemprego, e a vida simples e honesta dos moradores da favela.

Sobre o prêmio

O prêmio é uma iniciativa da Fundação Itaú Social e tem o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, por meio da formação dos professores e do desenvolvimento de competências para a escrita junto a alunos do ciclo I (1 a a 4 a séries) do Ensino Fundamental, das escolas públicas de todo o país.

Nos anos pares o programa premia, em âmbito nacional, os textos produzidos por alunos em oficinas realizadas nas escolas com os professores. O material de apoio pedagógico é da Fundação Itaú Social. Nos anos ímpares, promove a formação de educadores e publica textos premiados, com análise da prática dos docentes.

Em 2004 participaram 10 mil escolas e 25,4 mil professores de todo o país, envolvendo mais de 1 milhão de pessoas nas oficinas de criação de textos. A primeira edição foi criada em 2002, quando participaram cerca de 380 mil alunos e 8 mil professores de 5 mil escolas.

A Fundação Itaú Social investiu nos últimos anos mais de R$ 100 milhões em 650 projetos sociais. Para 2005 prevê investimentos de R$ 23 milhões na continuidade e no desenvolvimento de novos programas. O foco da instituição é colocar a sua capacidade de gestão empresarial em projetos sociais, atuando sempre em parceria com governos federal, estaduais e municipais e também a sociedade civil.

Paola Martins